A Vila dos Atletas voltou a ficar em festa. As delegações paralímpicas começaram a chegar na semana passada e, enquanto os Jogos não começam, as projeções e chances de medalha são os assuntos dominantes nas delegações. Com o Brasil não é diferente porém com uma preocupação a mais: ser o país anfitrião gera responsabilidade com a organização do evento, pelo menos para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parkison, que ontem fez uma vista à vila.
Antes mesmo de falar de custos e organização do evento, que começa na próxima quarta-feira, o presidente do CPB foi categórico ao dizer que a exclusão da Rússia da competição não garante que Brasil subirá de posição. Em Londres, a Rússia ficou em quarto e o Brasil em sétimo.
“Nossa meta é ficar em quinto lugar. E essa é a meta possível, Pelos nossos resultados no Parapan e nos Mundiais, cumpriremos essa meta. Mas com a saída da Rússia, não podemos dizer que temos chances de ficar em quarto porque não é assim, não é saiu a Rússia e todo mundo sobe de posição. As medalhas da Rússia serão disputadas por outros países fortes”, disse Parsons, para depois explicar sua conta.
“Se você têm um medalhista de prata na natação, em Londres, onde a Rússia foi ouro, esse medalhista pode perfeitamente levar o primeiro lugar e garantir que seu país suba de seleção. Claro que todo mundo faz suas contas sem Rússia, nós fizemos também. Mas não vamos mudar nada por isso.”