No caminho para o título, um gigante. Mas, em resposta, uma atuação quase perfeita. No confronto entre os atuais campeões olímpicos contra os mundiais, o Brasil se impôs. Em um jogaço, a seleção derrubou a Polônia em 3 sets a 1, parciais 22/25, 25/23, 25/16 e 25/14, e garantiu a primeira conquista na Liga das Nações, em Rimini, na Itália. No maior teste rumo às Olimpíadas de Tóquio, o time brasileiro se firma no topo como um dos favoritos a mais um ouro nos Jogos.
Resumo do jogo
Foi um início tenso, como havia de ser. Diante da forte Polônia, o Brasil soube esperar o momento para reagir. Depois de largar atrás no primeiro set, conseguiu neutralizar os ataques de Kubiek e Leon para virar a partida rumo ao título da Liga das Nações. Em um jogo quase perfeito, a seleção contou com o brilho da trinca formada por Leal, Wallace e Lucarelli. Bruninho, com talento e vibração, chamou o jogo nos momentos mais complicados e guiou o time à vitória.
De volta ao topo
É o primeiro título do Brasil na Liga das Nações. Nas duas edições anteriores, em 2018 e 2019, sequer havia subido ao pódio - terminou em quarto lugar. Maior campeão da história da Liga Mundial, competição que antecedeu a criação da nova Liga, com nove títulos, o Brasil retoma o topo. O último título havia sido em 2010.
Foi uma campanha quase perfeita. Na fase de classificação, apenas duas derrotas, para França e Rússia. Nas finais, duas atuações perfeitas, contra França e Polônia, para garantir o título em Rimini, na Itália. Uma preparação em alto nível rumo às Olimpíadas.
1° set - Em jogo equilibrado, Brasil sofre com Kurek
Kurek, com uma pancada ao explorar o bloqueio, abriu a conta. Leal respondeu na sequência da mesma forma. No contra-ataque pelo meio, Lucarelli voou para colocar a seleção pela primeira vez à frente, em 3/2. Mas, em um duelo em tão alto nível, nenhuma vantagem era tão sólida assim. Depois de um ponto de Kubiak, a Polônia retomou a frente. Logo depois, foi para a primeira parada técnica em vantagem com um erro de Lucão: 8/6.
O jogo seguiu em ritmo intenso. Por duas vezes, a Polônia conseguiu abrir vantagem. Em um ataque para fora de Wallace, os rivais marcaram 15/12. O Brasil até foi buscar, mas Kurek colocou a Polônia com 16/14 na parada técnica. Wallace, depois de um dos melhores ralis até ali, fez o Brasil empatar em 16/16. O Brasil passou a frente com Leal, em uma pancada: 19/18. Mas foi por pouco tempo. Com Leon no saque, a Polônia retomou a dianteira para não sair mais: 25/22, com uma diagonal de Kurek.
Confira os melhores momentos da partida:
2° set - Na marra, Brasil empata a partida
Um bloqueio sobre Leal abriu a contagem no set. Mas o ponteiro deu o troco pouco depois, com um bloqueio, para colocar o Brasil à frente pela primeira vez, em 3/2. Um ataque para fora de Leon fez a diferença subir para dois pontos. Maurício Souza também fechou a porta para Leon para abrir 6/3 e obrigar o técnico rival a parar o jogo. Ainda assim, o Brasil chegou à primeira parada técnica em vantagem, com 8/5 no placar.
Um bloqueio de Bienek sobre Leal fez com que a Polônia empatasse em 9/9. Sumidos até então, Lucão e Maurício Souza pontuaram em sequência e recolocaram o Brasil na dianteira. Depois de dois toques de Kubiak, a seleção abriu 15/12. A vantagem aumentou ainda mais com um ace de Maurício Souza, marcando 16/12 antes da parada técnica. Em um descuido, o Brasil permitiu que a Polônia diminuísse a diferença para apenas dois pontos (18/16). Schwanke, então, parou o jogo e tentou arrumar a casa. Não conseguiu. Kurek fez o time polonês deixar tudo igual com dois pontos em sequência.
O Brasil, porém, reagiu. Douglas Souza, em rápida passagem para melhorar o passe, e Lucarelli, com um ace, fez a seleção voltar a abrir dois pontos, em 20/18. Wallace, com uma pancada na diagonal, ampliou a vantagem. Um bloqueio de Leon sobre o próprio Wallace fez com que a Polônia voltasse ao jogo, a um ponto do empate. Mas a reação ficou só nisso. Leal apareceu bem na reta final, Leon ficou na rede no último saque, e o Brasil fechou em 25/23.
3° set - Brasil dispara e vira o placar
Foi um início tenso de terceiro set. A Polônia, disposta a reagir, voltou a rodar as bolas junto à rede. O Brasil, ao errar em alguns momentos, perdeu a chance de abrir vantagem. Mas Wallace, no contra-ataque, fez a seleção abrir 6/5. Bruninho, com um ace, ampliou a diferença. Leal, ao virar mais uma, fez o placar disparar para 11/7.
O Brasil manteve o ritmo. A Polônia tentou buscar na marra, mas a seleção conseguiu segurar a diferença entre três e quatro pontos até a segunda parada técnica. Em uma pancada de Leal, por trás da linha de três, fez o placar marcar 16/12. No retorno, Leal, imparável, aumentou ainda mais a vantagem. Do outro lado, Vital Heynen sentiu o momento ruim e parou o jogo mais uma vez. Pouco adiantou. No melhor momento da seleção no jogo, o Brasil disparou: 25/16, com tranquilidade.
4° set - Brasil mantém o ritmo, domina e fecha a conta
A Polônia tentou voltar ao jogo na marra. Mas, ao contrário de toda a campanha do time europeu até aqui, o forte saque do time não encaixou. Do outro lado, Leal, Wallace e Lucarelli, sob a regência de Bruninho, seguiram tomando conta do ataque. O placar, então, disparou. Um bloqueio de Wallace fez o time abrir 17/12 na conta. Um ace de Lucarelli fez a vantagem subir ainda mais, em 20/13. A vitória veio pouco depois. Wallace, em mais uma pancada, fechou a conta em 25/14.