A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quinta-feira (29) que mudança na estrutura da Copa Libertadores tornará a Copa do Brasil mais curta. Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, Manoel Flores, o diretor de competições da entidade, afirmou que a competição será realizada em menos semanas, mas que manterá o mesmo número de datas do formato atual. No entanto, não deu exatidão aos dados.
"Ainda estamos vendo, estudando. Vamos mexer o mínimo possível para o calendário de 2017. Manter as premissas do comitê de reformas sobre o calendário: férias, pré-temporada, eliminatórias", declarou o Flores.
Com o aumento do número de times da Libertadores, o dirigente também disse que é possível que o Campeonato Brasileiro passe a ter um G-5 classificatório à competição continental, dependendo apenas de uma confirmação em uma reunião do Comitê Executivo da Conmebol do próximo domingo (2). O encontro é o entrave para divulgação de uma revisão do calendário do futebol brasileiro em 2017, que havia sido divulgado no último dia 6 de julho.
"Se essa vaga ocorrer, seria o G-5, sim. Não será um convite, mas uma decisão técnica. A Conmebol fez questão de deixar isso claro, seria uma vaga para a principal competição nacional. No nosso caso, o Campeonato Brasileiro", afirmou o dirigente.
"Esperamos divulgar o novo calendário o quanto antes. Aguardamos a deliberação de Bogotá, no próximo domingo [reunião do Comitê Executivo da Conmebol], e, a partir daí, divulgaremos as coisas. Expectativa é que isso ocorra já na semana que vem", completou.
Outra mudança será a possível participação simultânea de um clube na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana, algo incompatível com o atual formato das competições. Manoel Flores explicou que uma das maiores reclamações dos times brasileiros era a necessidade de optar por um ou outro torneio, fato que será alterado: "isso deixa de existir. A Copa do Brasil será adequada."
Manoel Flores esclareceu que a CBF esteve envolvida no processo de decisão do novo formato de Libertadores e que a entidade está "100% alinhada ao projeto" da Conmebol e outras federações envolvidas, inclusive enxergando a mudança com bons olhos do ponto de vista técnico e financeiro. A confederação enxerga que a "Nova Libertadores" poderá trazer maior retorno em ambas as áreas.