Após criar uma uma corregedoria e uma ouvidoria para arbitragem na CBF, o presidente da entidade, José Maria Marin, anunciou nesta segunda-feira mais medidas para tentar melhorar o nível dos juízes no futebol brasileiro. As principais delas serão a presença de auxiliares atrás dos gols e o uso de rádios comunicadores entre árbitro e bandeirinhas, situações que já foram testadas em alguns campeonatos estaduais.
- Pedimos autorização para a Fifa para termos auxiliares atrás do gol, visando a arbitragem correta - revelou Marin.
O ex-comentarista da TV Globo, José Roberto Wright, foi convidado pela CBF para ser o ouvidor, que será responsável pela análise técnica das atuações dos árbitros, enquanto a corregedoria será responsável pela conferência documental, além de receber e apurar denúncias que ocorram nos quesitos éticos e morais.
- Sempre foi um problema muito grande. Confiamos no trabalho do Sérgio Corrêa (presidente da Comissão de Arbitragem da CBF), mas criamos uma ouvidoria. Terá a responsabilidade de acompanhar de forma independente tudo que se refere à arbitragem do futebol brasileiro. O árbitro não pode ser o artista principal - disse o substituto de Ricardo Teixeira.
Atual comentarista da TV Globo, o ex-juiz Leonardo Gaciba aprovou a decisão da CBF de autorizar o uso de rádio para a comunicação do trio de arbitragem nos jogos do Brasileirão.
- Até que enfim vão implantar isso no Campeonato Brasileiro. É um sistema fundamental. Estávamos anos luz defasados com isso. É imprescindível para o bom trabalho da arbitragem. Todos os principais estaduais do Brasil já utilizavam rádios transmissores. É uma evolução obrigatória. O rádio transmissor é muito importante para prevenção. Às vezes você está correndo de costas para área e o auxiliar pode te alertar de uma situação que observa na área, algum atrito ou discussão. Aí você pode chegar e cobrar. O mesmo o quatro árbitro ao avisar de xingamentos dos técnicos no banco - analiou.