O atacante brasileiro Dyego Souza, 27, está fora da temporada 2016/17 do Campeonato Português e só poderá voltar a disputar uma partida oficial pelo Marítimo em agosto do próximo ano.
Mas o motivo do longo período de inatividade não é nenhuma grave contusão sofrida pelo centroavante, mas sim seu comportamento disciplinar.
Dyego recebeu uma suspensão de nove meses por ter agredido um árbitro assistente durante um amistoso de pré-temporada, contra o Tondela, também da primeira divisão portuguesa, em julho.
De acordo com a imprensa lusitana, o brasileiro abandonou o banco de reservas depois da marcação de uma falta marcada contra o seu time, jogou uma garrafa de água contra o bandeirinha e depois lhe acertou com um soco.
“Os jornais exageraram, escreveram coisas que não são verdade. Errei e peço desculpas à equipe de arbitragem e ao Marítimo. Não atingi o árbitro com um soco, nem com uma garrafa de água. Se isso tivesse acontecido, a sua integridade física teria sido prejudicada, mas ele não sofreu danos”, disse o brasileiro, em julho.
A punição foi definida apenas na semana passada, depois de o atacante ter cumprido uma suspensão preventiva. Ele vinha atuando normalmente desde meados de setembro e havia marcado quatro gols em sete jogos nesta temporada.
Natural do Maranhão, Dyego está no exterior desde 2010, quando deixou o Operário de Ponta Grossa (PR). Antes de chegar ao Marítimo, em 2014, ele passou por Leixões, Tondela e Portimonense, todos de Portugal, além do Inter de Luanda, de Angola.
No último Campeonato Português, marcou 12 gols e terminou a competição como um dos dez primeiros colocados na artilharia. Desde então, vinha falando sobre a possibilidade de se naturalizar para jogar na seleção de Cristiano Ronaldo.
Suspensões tão longas quanto a recebida por Dyego Souza são comuns em casos de doping, mas raras por questões de indisciplina ou agressão dentro de campo.
O uruguaio Luis Suárez, por exemplo, ficou quatro meses proibido de jogar futebol pela mordida dada em Chiellini na Copa do Mundo-2014. Nos anos 1990, o francês Eric Cantona, do Manchester United, pegou oito meses de gancho por dar uma voadora em um torcedor.
Mas o recorde vem da Suíça. Dois anos atrás, o zagueiro Ricardo Ferreira, da quarta divisão, recebeu uma suspensão de 50 anos por ter chutado uma bola no rosto do árbitro. A explicação dos punidores é que o defensor era reincidente em casos de indisciplina.
Dyego Souza, é claro, irá recorrer da suspensão para tentar voltar mais cedo aos gramados.