Os brasileiros Caio Souza e Diogo Soares ficarem longe do pódio na Ginástica Artística Masculina dos Jogos Olimpicos de Tóquio, nesta quarta-feira. O japonês Daiki Hashimoto faturar o ouro, superando o chinês Xiao Ruoteng. O russo Nikita Nagornyy, atual campeão mundial, acabou com o bronze.
O brasileiro Caio Souza até figurou nas primeiras posições no começo da final, porque abriu a disputa nos seus principais aparelhos. Finalista da prova nos últimos três Mundiais, ele poderia entrar para o top 10 pela primeira vez, mas uma queda no solo e outra no cavalo com alças derrubou o ginasta para a 17ª posição, somando 81.532 pontos. Diogo Soares, de apenas 19 anos, acabou na 20ª posição em sua primeira final olímpica, com 81,198 pontos.
Caio Souza ainda vai disputar mais uma final. Na segunda-feira, ele busca o pódio no salto. No mesmo dia, Arthur Zanetti tenta a terceira medalha olímpica. Diogo Soares, por sua vez, encerra sua participação nos Jogos de Tóquio.
Os medalhistas
O ouro mais uma vez ficou com o Japão. Depois de Kohei Uchimira vencer nos Jogos de Londres 2012 e Rio 2016, Daiki Hashimoto manteve a tradição do país e faturou o ouro no individual geral, somando 88,465 pontos. A prata ficou com o chinês Xiao Ruoteng, campeão mundial em 2017, que somou 88,065. Atual campeão mundial, o russo Nikita Nagornyy completou o pódio, com 88,031 pontos.
A final - Aparelho por aparelho
Primeira rotação
Caio começou a final em um dos seus aparelhos mais fortes. Ele teve uma ótima execução nas argolas e só deu um passo na saída. Tirou 14,500 pontos e ficou na terceira posição ao fim da rotação. O brasileiro só ficou atrás de dois favoritos que se apresentaram no solo: o japonês Daiki Hashimoto (14,833) e o chinês Xiao Ruoteng (14,700).
Diogo se apresentou no salto e acertou sua dupla pirueta, um salto com menor dificuldade, mas bem executado recebeu 13,833 pontos.
Segunda rotação
Caio foi para seu principal aparelho, o salto. Ele acertou o tsukahara com tripla pirueta, mas teve um desvio de trajetória no ar e acabou aterrissando na linha e pisando fora da área. Ainda tirou 14,200 e caiu apenas uma posição, indo para o quarto lugar. À frente dele só três asiáticos que cravaram o cavalo com alças: Hashimoto, Xiao e o chinês Sun Wei.
Diogo passou bem nas barras paralelas e tirou 13,700 pontos.
Terceira rotação
Caio comemorou muito a sua série nas barras paralelas, mais um de seus pontos fortes. Ele praticamente cravou tudo, lutou para evitar um passo na saída. Nada que o atrapalhasse muito. Com a nota 14,500 pontos, ele foi para a quinta posição. Acabou superado pelo russo Nikita Nagornyy, atual campeão mundial, que brilhou nas argolas.
Quarta rotação
Caio foi para a barra fixa e cometeu a mesma falha de execução da classificatória, mas conseguiu segurar bem e acertar o resto da série. A nota 13,266 pontos fez ele cair para a nona colocação.
Na briga pelo ouro, os chineses Xiao e Sun lideravam, com o russo Nagornyy e o japonês Hashimoto na cola. Diogo, por sua vez, cravou o solo, assim como na classificatória. No aparelho que teve o melhor desempenho nos Jogos, Diogo conseguiu 14,133 pontos.
Quinta rotação
Caio teve dificuldade com as aterrissagens no solo. Na segunda acrobacia, ele teve de apoiar a mão no tablado, o que é considerado uma queda. A nota 12,933 pontos fez o brasileiro cair para a 13ª posição.
Sexta rotação
Caio Souza voltou a ter falhas de execução no cavalo com alças e acabou sofrendo uma queda. A nota 12,133 fez ele despencar para o 17º posto.
Diogo Soares apresentou uma séria simples nas argolas, mas bem executada e conseguiu 13,233 pontos para terminar na 20ª posição.
O japonês Daiki Hashimoto fez uma apresentação cravada na barra fixa para somar 14,933 pontos. Era o que ele precisava para passar o chinês Xiao Ruoteng.