Quando subia na balança e se deparava com quase 150kg, Gabi Garcia não se achava obesa ou fora de forma. Com este peso, a gaúcha de Porto Alegre foi nove vezes campeã mundial de jiu-jítsu, mas já não encontrava motivação para continuar no tatame. Com o sucesso do MMA, a jovem de 30 anos viu na modalidade a chance de encontrar um novo rumo, mas precisava vencer o primeiro desafio: emagrecer. Em três anos e meio, com dieta e exercícios, emagreceu 60kg e fará a sua estreia no Rizin FF, o novo Pride, no Japão, no dia 31.
“Pratico jiu-jítsu desde os 8 anos e virei profissional aos 22. Ganhei tudo que poderia e não vi mais desafios. Perdi o prazer da cobrança, não dos outros, mas minha mesmo”, diz. “Pensei no MMA, comecei a treinar boxe e muay thai, mas estava acima do peso. Encontrei um médico, um guru, que me passou uma dieta que mudou a minha vida”, contou.
Com 1,86m, Gabi era considerada pela nutrição uma pessoa obesa. Mesmo com a perda de peso, a lutadora não encontrou uma categoria em que pudesse competir, porque no máximo poderia chegar a 85kg.
“Sofria com o efeito sanfona. E não adianta fazer dieta sem mudar de vida, a cabeça. Como tudo orgânico, sem sal e açúcar. Meu maior medo é engordar. Saí um dia da dieta e passei muito mal. Não emagreci por estética, foi pelo MMA e pela saúde”. ressalta Gabi, admitindo que é vaidosa e gosta de usar maquiagem.
Em junho, a gaúcha trocou o Brasil pelos EUA, após ser convidada para estrear no Rizin. Ela foi convencida pelo seu treinador de jiu-jítsu que deveria ir treinar com Rafael Cordeiro, o técnico dos campeões do UFC Rafael dos Anjos e Fabrício Werdum.