Durante a Guerra Fria, a bielorussa Olga Korbut escreveu seu nome na ginástica mundial. Aos 17 anos, conquistou três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Defendendo a antiga União Soviética, foi campeã na trave, no solo e por equipe. Nas barras assimétricas, ficou com a medalha de prata.
No mesmo evento, foi a primeira ginasta a executar um salto mortal de costas na trave. Em 1991, se mudou para os Estados Unidos e hoje, aos 61 anos, vive no Arizona. Conhecida como "o pássaro de Minsk", por problemas financeiros Olga precisou leiloar duas das medalhas de ouro e uma de prata. O terceiro ouro conquistado pela trave na Alemanha já havia sido roubado.
Com duração de dois dias, o leilão aconteceu em Dallas, no estado norte-americano do Texas. No total, sete peças foram leiloadas, que arrecadaram cerca de R$ 715 mil. Mas deste valor, apenas R$ 569 mil serão destinados à ex-atleta pois a diferença será utilizada para o pagamento de comissões da casa de leilão.
No valor de R$ 205 mil, o item mais caro do leilão de Olga foi a medalha de ouro por equipes conquistada na Alemanha juntamente com Lyubov Burda, Lazakovich Tamara, Antonina Koshel, Elvira Saadi e Lyudmila Turishcheva. O ouro pelo solo rendeu-lhe R$ 164 mil e a prata nas barras assimétricas algo em torno dos R$ 76 mil.
Olga Korbut ainda leiloou um collant por R$ 9,3 mil e um autógrafo na capa da revista Sports Illustrated por R$ 152.
Quatro anos depois das Olimpíadas de Munique, a bielorrussa ainda conquistou mais duas medalhas, um ouro por equipe e uma prata na trave nos Jogos de Montreal. Em 1988, tornou-se a primeira mulher a entrar para o Hall da Fama Internacional de Ginástica.