Carol Santiago é prata e fecha campanha com 5 medalhas em Paris

Talisson Glock é prata nos 100m livre da S6, mesmo resultado de Cecília Araújo nos 50m livre S8

Carol Santiago conquista a prata nos 100m peito | Foto: Alexandre Schneider/CPB
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

A maior campeã paralímpica da história do Brasil, Carol Santiago, encerrou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Paris nesta quinta-feira com a medalha de prata na prova dos 100m peito da classe SB12. Ela completou a prova em 1min15s62. O ouro foi conquistado pela alemã Elena Krawzow, que estabeleceu um novo recorde mundial com o tempo de 1min12s54, enquanto Jietong Zheng garantiu o bronze com 1min20s03. 

AS MEDALHAS

Carol conquistou três medalhas de ouro e duas de prata nos Jogos de Paris. Ela venceu as provas dos 50m e 100m livre, além dos 100m costas, e ficou com a prata no revezamento 4x100m misto. Com isso, Carol atinge a marca de dez pódios na carreira, somando às cinco medalhas conquistadas nos Jogos de Tóquio, realizados há três anos. 

Nos Jogos de Paris, Carol é a maior medalhista entre todos os atletas de todas as modalidades e países. Além dela, apenas Ihar Boki, dos países neutros, e Carlotta Gilli, da Itália, alcançaram cinco pódios nesta edição.

COMO FOI A PROVA?

Na prova desta quinta-feira, a alemã Elena Krawzow liderou desde o início. Favorita ao ouro, sendo recordista mundial e campeã do mundo em 2023, Krawzow abriu vantagem logo nos primeiros metros. Carol tentou acompanhar, mas ficou um corpo atrás antes da metade da prova. A brasileira então manteve com tranquilidade a posição para garantir sua quinta medalha em Paris.

Foto: Getty Image

Carol nasceu com a síndrome de Morning Glory, uma condição congênita que afeta a retina e reduz seu campo de visão. Ela praticou natação convencional até o final de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.

TALISSON PRATA NOS 100M LIVRE

Talisson Glock garantiu a medalha de prata nos 100m livre da classe S6, concluindo a prova em 1min05s27, apenas um centésimo à frente do francês Laurent Chardard, que levou o bronze. O ouro ficou com o atleta italiano, que venceu com o tempo de 1min03s12, estabelecendo um novo recorde paralímpico. 

Essa foi a terceira medalha de Talisson em Paris, após já ter conquistado o bronze nos 200m medley e ajudado o revezamento 4x50m misto do Brasil a garantir mais um bronze. Ao longo de sua carreira, ele já havia alcançado quatro pódios entre os Jogos de 2016 e 2021, totalizando sete medalhas até agora. Além disso, Talisson ainda pode aumentar sua coleção, pois é favorito na prova dos 400m livre. 

Talisson Glock é prata nos 100m livre — Foto: Alexandre Schneider/CPB 

Aos nove anos, Talisson sofreu um grave acidente ao ser atropelado por um trem, o que resultou na perda do braço e da perna esquerdos. Em 2004, ele começou a se dedicar à natação, e, aos 15 anos, em 2010, já integrava a seleção brasileira.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES