Dirigentes do Palmeiras estão indignados com a maneira como a cúpula do clube administra a presença do juiz Paulo César de Oliveira no clássico de sábado com o São Paulo.
Reclamam de que o alviverde não teve força política para barrar o juiz, desafeto dos palmeirenses. E que assistiu ao rival São Paulo manobrar nos bastidores para colocar PC no sorteio do jogo.
Os palmeirenses estão convictos de que o time do Morumbi usou seu prestígio junto a José Maria Marin para colocar entre os sorteados um árbitro que irrita os palmeirenses. Os são-paulinos, por sua vez, negam a pressão.
Pior do que o silêncio antes do sorteio é o barulho feito pelo Palmeiras depois da escolha de Paulo César. Os críticos dizem que o diretor jurídico Piraci de Oliveira erra ao tentar agora tirar PC da partida. Estaria apenas irritando ainda mais o árbitro.
?Não é verdade que não fizemos nada para impedir a escalação do Paulo César antes. Quando a CBF nos avisou que ele votaria a ser colocado nos nossos sorteios fomos contra, mas não fomos ouvidos?, afirmou Piraci ao blog. O juiz estava fora das partidas do clube por brigar na Justiça com Felipão.
As críticas são ainda mais fortes porque colaboradores de Arnaldo Tirone alertaram o presidente antes do início do segundo turno sobre a importância da arbitragem nos clássicos paulistas. O presidente foi orientado a se aproximar de Marco Polo Del Nero, vice da CBF e conselheiro do Palmeiras, para tentar impedir surpresas desagradáveis. Del Nero também saiu chamuscado do episódio, pois sabia dos problemas de seu time de coração com o juiz e não agiu.