Gisele Bündchen não seria assaltada na cerimônia de abertura da Rio-2016, diz o cineasta Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”), um dos diretores da festa.
Meirelles lamentou a divulgação da cena ensaiada no último domingo (31). “Jamais sequer passou pela nossa cabeça criar uma cena onde a Gisela é assaltada. Seria uma estupidez sem precedentes. Não somos estúpidos e nem irresponsáveis a este ponto”, escreveu.
Segundo o diretor, a cena não será vista na cerimônia oficial, na próxima sexta-feira (05). “A cena foi cortada não por ter sido criticada, mas por ter ficado sem graça. A piada era fraca e ficou deslocada ali diante do Tom Jobim. Outras coisas vistas no ensaio foram cortadas também. Para isso servem ensaios”, disse.
A situação que causou polêmica foi vista por cerca de 30 mil pessoas durante o ensaio no Maracanã. Uma figurante representando Giselle cruza o gramado quando é abordada por um ambulante. Ela se assusta e, logo depois, policiais perseguem o garoto. Cabe à própria modelo proteger o jovem ao som de “Garota de Ipanema”.
Explica Meirelles: “No pré-show e durante o ensaio o ator Edu Sterbilich foi apresentado à plateia vendendo biquinis junto com mais 19 palhaços como ele. Depois ele é visto cantando o Hino Nacional emocionado. Estabelecido o personagem, um vendedor trapalhão, durante a entrada da modelo ele invadia o palco para oferecer seu produto. A modelo fica sem saber o que fazer quando dois seguranças do estádio vêm tirar o invasor que está atrapalhando o show”.
Prossegue o cineasta: “Há uma perseguição dos três palhaços. Gisele defende o vendedor e sai com ele dançando. O ‘underdog’ triunfa. Os seguranças ficam vendidos em cena e saem dançando também, lembrando de recolher o guarda sol com biquinis que o vendedor deixou caído no palco. Foi esta a cena apresentada”.
Meirelles considera que a mensagem da cena ficou clara para quem estava vendo as imagens em vídeo da cerimônia. O mesmo não se pode dizer de quem assistia da arquibancada.