Com a volta da discussão sobre o chamado "maiô milagroso", utilizado por nadadores que quebraram diversos recordes nas piscinas de todo mundo no ano passado, o brasileiro César Cielo, campeão olímpico dos 50 m livre em Pequim 2008, pediu cautela quanto ao moderno equipamento e afirmou que é preciso manter a natação "pura".
A Federação Internacional de Natação (Fina) convocou uma reunião para o dia 20 de fevereiro em Lausanne, na Suíça, para revisar o processo de aprovação dos maiôs de competição. No encontro, que terá a presença de fabricantes, nadadores, representantes legais e especialistas, serão analisados aspectos como material, espessura e uso dos maiôs.
"Voltar atrás não existe. Não tem como apagar os recordes quebrados. Tem que ter os critérios na fabricação de maiôs, porque natação não é igual a Fórmula 1. Tem que ver quem é o melhor nadador e não quem tem o melhor maiô. É difícil falar, mas temos que tomar cuidado para que o esporte se mantenha puro", afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Além do ouro no 50 m livre, Cielo faturou também o bronze nos 100 m da mesma modalidade e afirmou que é preciso evoluir no ciclo olímpico que começa em 2009 e termina em 2012, na cidade de Londres, palco de mais uma Olimpíada.
"O que eu puder fazer pela natação vou fazer, o que eu puder reclamar, também vou reclamar, mas é claro que dentro de um limite. São corrigidos os erros que nos aprimoramos. Se continuar com os mesmos erros, traremos as mesmas medalhas em 2012 e não vamos evoluir", completou.