Pedido de urgência de uma confederação e produção de laudos para a defesa de atletas, como ocorreu no caso de Cesar Cielo, não são práticas usuais no Ladetec, único laboratório do país credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Pedido de urgência de uma confederação e produção de laudos para a defesa de atletas, como ocorreu no caso de Cesar Cielo, não são práticas usuais no Ladetec, único laboratório do país credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada).
Em 2010, Daynara de Paula foi flagrada com a mesma substância e alegou contaminação. Os advogados da nadadora pediram laudo ao Ladetec e a um laboratório nos EUA, ambos negados. Recorreram a um de São Carlos, no interior de São Paulo.
Com o laudo em mãos, foram à Federação Internacional de Natação (Fina), e ela foi suspensa por seis meses. Laboratórios credenciados pela Wada são orientados a só fazer testes desse tipo a pedido das instituições de controle, como a CBDA, e não dos atletas.
Representantes do Ladetec disseram que não poderiam se manifestar sobre o caso de Cielo. Segundo a Folha apurou, pedidos como a da CBDA não são comuns no laboratório. O laudo do caso dos nadadores atesta a contaminação por furosemida, mas não ligaria as pílulas à farmácia em Santa Bárbara d"Oeste (SP) onde foram feitas.
Para especialistas, isso pode ser questionado se a federação internacional recorrer à Corte Arbitral do Esporte por pena maior. A Fina deve se manifestar nesta semana. Segundo Eduardo de Rose, que presidiu o painel de doping da CBDA, a definição pela advertência se deu por não ter sido comprovada culpa ou negligência dos atletas.
Cielo usa suplementos da farmácia há dois anos. De Rose diz que relatório da farmácia atesta que no processo de manipulação, há chance de contaminação, mas ela não admite a falha.
A assessoria de Cielo não se manifestou para não atrapalhar os trâmites do caso. Coaracy não respondeu ao recado da reportagem.