A proximidade do anúncio da Conmebol de que a Chapecoense é a campeã da Copa Sul-Americana de 2016 pode fazer com que o time tenha de novamente viajar até Medellín, na Colômbia, no próximo ano. A confirmação da conquista ao clube que sofreu um desastre aéreo vai colocar os catarinenses na final da Recopa Sul-Americana, em que terão como rivais na decisão justamente o Atlético Nacional.
A equipe colombiana venceu a Copa Libertadores deste ano. Por essa conquista, tem vaga garantida na edição 2017 da final que reúne os campeões das duas principais competições entre clubes do continente. Atlético Nacional e Chapecoense se enfrentariam pela final da Copa Sul-Americana na quarta passada, porém um desastre aéreo na última semana a poucos quilômetros da chegada em Medellín vitimou a delegação do clube brasileiro.
A comoção pelo episódio levou a diretoria do Atlético a pedir para que a Conmebol declarasse a Chapecoense como campeã. De acordo o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, a oficialização dessa conquista será em breve. O anúncio confirmaria, então, um reencontro entre os clubes no próximo ano, com uma final disputada em ida e volta, sempre com a partida decisiva na casa de quem foi o vencedor da Copa Libertadores.
"Queremos que o título seja dado à Chapecoense. Eles merecem, mesmo que recebam o título no céu", afirmou o presidente do Atlético, Juan Carlos De La Cuesta, no sábado. "Vamos continuar com as relações amistosas com a Chapecoense, esperamos ajudá-los a recuperar a trilha de triunfos, como vinham fazendo até serem vítimas do acidente. Torço muito para que o clube consiga se reerguer", comentou.
Mesmo antes de ser declarada campeã, a Chapecoense já recebeu a taça. A entrega foi iniciativa de outro clube colombiano, o Independiente Santa Fé. O time de Bogotá foi o vencedor da competição no ano passado e abriu mão de ficar com a réplica da taça dada ao campeão. O presidente da equipe, Cesar Pastrana, veio à Medellín na última semana para repassar o prêmio aos catarinenses.