Em último lugar no Estadual, único time sem nenhuma vitória em seis jogos pela competição e, portanto, sob risco de um novo rebaixamento, a Chapecoense mergulhou numa profunda crise nos últimos meses e isso põe em dúvida o futuro do clube. A situação piorou bastante com a queda inédita para a Segunda Divisão nacional, consolidada nas últimas rodadas da Série A de 2019. Informações do site Terra
Com o revés no Brasileiro, a Chapecoense deixará de receber em 2020 receitas de TV e vai ter um baque também importante com cotas de patrocínio, por causa da falta de exposição do time na Série B.
Mas isso é só uma parte da crise atual do clube – seu pior momento desde a tragédia com o avião que caiu na Colômbia em novembro de 2016, quando 71 pessoas morreram, entre os quais quase todo o time da Chapecoense, incluindo pessoal da comissão técnica, dirigentes, convidados, jornalistas e tripulantes.
Com recursos escassos, o clube vem atrasando o pagamento do salário e dos direitos de imagem de seus jogadores. Não tem conseguido dar conta das ações trabalhistas que se multiplicaram após o acidente e sofreu mais um golpe com a renúncia do presidente Plínio David de Nês Maninho em outubro de 2019. Ele era o grande captador de recursos, o homem-forte do clube.
Os problemas financeiros repercutem ainda no convênio que mantém com a Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense (Abravic) desde janeiro de 2017. A entidade foi criada para fornecer apoio psicológico, bolsa escolar, auxílio-alimentação e reembolsar gastos com medicamentos de mais de 50 famílias que perderam parentes no desfecho daquele voo. O custo mensal da associação é de cerca de R$ 70 mil e caberia ao clube arcar com metade desses valores. Mas os repasses também têm atrasado.
Para quem disputou a Libertadores em 2017 e 2018 e a Copa Sul-Americana em 2016 e 2019, o que lhe garantiu muita visibilidade internacional, o eventual rebaixamento no Estadual mergulharia o clube numa crise sem precedentes.