O Brasil se despede das eliminatórias para a Copa do Mundo na noite desta terça-feira, na partida contra o Chile, com uma campanha surpreendente. Até agora, são 38 pontos conquistados em 17 jogos. Além disso, é a equipe que mais venceu (11 jogos), a que menos perdeu (1), a de melhor ataque (38 gols a favor) e de melhor defesa (11 contra).
Há dez anos, o Chile vivia um dos piores momentos futebolísticos de sua história. O time havia ficado de fora das duas últimas Copas do Mundo, sofrendo com uma equipe envelhecida. Poucos poderiam imaginar que ali, sob o comando do recém-chegado treinador Marcelo Bielsa, surgiria uma geração de jogadores que, quase uma década depois, levaria o país a duas conquistas de Copa América, as maiores glórias da história da seleção.
Nesta terça-feira (10), essa mesma geração luta para não dar seu último suspiro. O Chile encara o Brasil no Allianz Parque a partir das 20h30 (de Brasília) em um jogo decisivo para se classificar para a Copa do Mundo de 2018, que pode ser a última de jogadores que elevaram o patamar da seleção ao longo dos últimos dez anos. São os casos de Alexis Sánchez, Arturo Vidal, Jorge Valdivia, Claudio Bravo e Gary Medel, para ficar apenas em alguns.
Os números do Brasil são tão bons que, se levarmos em consideração apenas o desempenho sob o comando de Tite, a Seleção ainda seria líder do torneio sul-americano, com 29 pontos. Só a campanha com o atual técnico seria suficiente para levar a equipe nacional à Rússia, já que o quinto colocado na classificação tem 25 pontos e não alcançaria o Brasil, que, mesmo perdendo para o Chile, garantiria a quarta colocação, a última vaga direta.
Após dois anos, é possível dizer que é exatamente pelo nome de Tite que passa a recuperação brasileira. Dunga dirigiu a equipe nas primeiras seis rodadas da competição, com um desempenho apenas regular: duas vitórias, três empates e um derrota.