Clássico coloca em evidência abismo que separa Corinthians e Palmeiras

Corinthians está embalado por título mundial, enquanto Palmeiras ainda carrega trauma o rebaixamento. Jogo será domingo, no Pacaembu

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Entre os dias 4 e 12 de julho do ano passado, corintianos e palmeirenses estavam em êxtase. A diferença do título da Libertadores do Corinthians para o da Copa do Brasil do Palmeiras foi de apenas uma semana. Nos seis meses seguintes, porém, cada rival tomou um rumo distinto. O Timão chegou ao auge com a conquista do Mundial de Clubes, e o Verdão foi ao fundo do poço com o rebaixamento à Série B. Diante disso, os alvinegros são considerados favoritos no clássico deste domingo.

O primeiro encontro entre Corinthians e Palmeiras na temporada 2013 será pela oitava rodada do Campeonato Paulista, às 16h, no estádio do Pacaembu. O Verdão, é verdade, vem embalado pela vitória contra o peruano Sporting Cristal, na estreia da Libertadores. E o Timão busca moral no clássico justamente para usá-la em seu primeiro jogo no torneio continental, quarta-feira, às 22h, contra o San José, na Bolívia.

- É sempre bom ganhar um clássico. Dá moral, é um jogo diferente. Mas também quando se perde, há uma pressão maior. Mas vamos tentar ganhar para ir com mais moral para o jogo da Libertadores - declarou o goleiro Cássio, que volta a atuar pelo Timão neste domingo, depois de um problema no ombro esquerdo que o tirou de combate dos primeiros sete jogos da temporada.

Em outros tempos, o Palmeiras poderia até encarar como desrespeito o clima de favoritismo assumido pelo Corinthians (o lateral-esquerdo Fábio Santos admitiu isso na última semana). Em fase de reconstrução, o Verdão, liderado por Gilson Kleina, adotou postura humilde para o clássico. Mas vai usar o espírito de luta apresentado na Libertadores para tentar surpreender o campeão do mundo.

- O momento do Corinthians é ímpar. Qualquer adversário que eles tenham hoje em dia sabe do entrosamento e da base que o time tem da última temporada. Sabemos que não vai ser um jogo fácil, mas temos de entrar com a mesma postura que entramos na Libertadores. Não podemos, porém, achar que só marcar resolve. Temos de jogar também para sermos felizes ? analisou o técnico do Palmeiras.

Muito embora a diferença técnica e de clima entre Corinthians e Palmeiras seja inegável, a frieza dos números mostra campanhas iguais neste Paulistão. Até aqui, os rivais fizeram sete jogos cada um na competição estadual. Somam 12 pontos, com três vitórias, três empates e apenas uma derrota. O que coloca o Verdão à frente, na quinta colocação, é o número de gols marcados: 15 contra 11.

- É um clássico. Muitas vezes, o time que está em pior fase ressurge. Temos de tomar cuidado - acrescentou o goleiro do Timão.

Atualmente, o Palmeiras está tão preocupado em se recuperar da trauma do rebaixamento que Gilson Kleina quer afastar qualquer clima negativo de rivalidade. Se os corintianos estão empolgados com o favoritismo atribuído a eles, aos alviverdes pouco importa. Equilíbrio emocional é o que o treinador do Verdão quer ver nos seus jogadores.

- É lógico que vamos trabalhar o equilíbrio emocional para o clássico. Não podemos achar que é uma guerra. Temos de ser competitivos e a guerra tem de ser vista com estratégia. Se tiver provocação, não podemos revidar ? finalizou Kleina.

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