O Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegou a um acordo com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) pelo caso do jogador Wallace Souza. A punição relacionada ao repasse de verbas à CBV foi revertida em multa. A suspensão do oposto, a qual sofreu alteração para cinco anos, novamente voltou aos 90 dias.
A nova penalidade imposta a Wallace não possui impacto prático. Embora tenha sido excluído da seleção brasileira que participará da Liga das Nações, o jogador cumprirá o restante da suspensão durante o período de suas férias. Ainda no acordo, o COB firmou não reconhecer o último confronto da Superliga masculina, no qual o Cruzeiro saiu vitorioso, com Wallace atuando em quadra.
O não reconhecimento acordado não tem um impacto prático. A Superliga Masculina é organizada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), sem qualquer interferência direta do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em relação a questões do torneio. Portanto, o título conquistado pelo Cruzeiro é oficial e permanece válido, mesmo diante dessa cláusula do acordo.
Os recursos provenientes da multa aplicada à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) serão destinados a projetos voltados para a promoção do uso consciente das redes sociais pelos atletas. Além disso, a suspensão de Radamés Lattari, vice-presidente e presidente em exercício da CBV, foi revogada.
O acordo firmado na segunda-feira contou com as assinaturas do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley; do presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Walter Pitombo Laranjeiras, conhecido como Toroca; além do próprio Wallace, representantes do Conselho de Ética do COB e da Advocacia Geral da União (AGU). Por meio deste documento, todas as partes se comprometem a não contestar mais a decisão em nenhuma instância judicial.
Entenda o caso
Inicialmente, Wallace recebeu uma punição de 90 dias por ter publicado uma enquete sobre um possível atentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Posteriormente, amparado por uma liminar do Supremo Tribunal de Justiça do Vôlei, o jogador entrou em quadra representando o Cruzeiro na final da Superliga Masculina.
O Conselho de Ética do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), então, aplicou uma sanção adicional de mais cinco anos de suspensão ao oposto, além de suspender o repasse de verbas públicas à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). No entanto, com a decisão tomada nesta segunda-feira, as sanções foram reduzidas.