Com apoio do COB, surfistas incorporam novos métodos de treinamento

Atletas classificados para Tóquio 2020 realizam parte da pré-temporada no CT Time Brasil

Preparação para Jogos Olímpicos | Rafael Bello/COB
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A inclusão do surfe no programa dos Jogos Olímpicos trouxe mudanças significativas no dia a dia dos atletas brasileiros. Uma delas é a relação cada vez mais próxima entre o Comitê Olímpico do Brasil (COB), a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), e os principais surfistas do país, que passaram a contar com o apoio das entidades em suas viagens e, principalmente, a estrutura do Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro, para treinos físicos e avaliações no Laboratório Olímpico.

No terceiro ano de parceria, os quatro surfistas classificados para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 – Gabriel Medina, Italo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb – aproveitaram o período de pré-temporada para fazer uma bateria de testes no Parque Aquático Maria Lenk, em mais uma demonstração de sintonia entre o COB e os atletas.

“Assim que o surfe foi confirmado nos Jogos Olímpicos, sinto que o apoio aos atletas melhorou 100%. Hoje temos o apoio do COB e um centro de treinamento à disposição. Antes, era basicamente se alimentar bem, fazer exercícios físicos e cair na água. Não havia testes e avaliações voltados ao ganho de performance. Esse apoio do COB é mais do que um patrocínio”, diz Silvana Lima, vice-campeã do ISA Games em 2019, que utilizou a estrutura do CT Time Brasil para se recuperar de cirurgia no joelho direito, em 2018.

“Os testes e avaliações são muito importantes para avançarmos no nosso programa de treinos, de alimentação e de tudo que pode nos ajudar a melhorar como atleta. Fico feliz de fazer parte disso”, completou Tatiana Weston-Webb, sexta colocada no Circuito Mundial (WSL) na última temporada.

Nessa etapa da preparação, a maior parte das atividades é realizada fora da água. Os treinos no mar são incorporados gradativamente, já que a temporada da WSL tem início apenas em 26 de março, em Gold Coast (Austrália). Dessa vez, com a utilização do Maria Lenk, os surfistas puderam conhecer ainda outros atletas do Time Brasil.

“Confesso que, no início, estranhei treinar com tanta gente, porque treino sozinho na maioria das vezes. Mas depois compartilhei alguns momentos muito legais com os atletas, pude ver que eles acompanham outros esportes. Vou frequentar mais aqui esse ano, conhecer a galera. Nem sempre é fácil, por estar viajando o mundo inteiro, mas quero aproveitar o tempo que tenho para sentir a energia dos treinos deles”, disse Italo Ferreira, campeão do Circuito Mundial em 2019.

Essa é a primeira vez na carreira que os principais surfistas do mundo precisam elaborar um planejamento com dois grandes objetivos para a temporada, exigindo uma adaptação maior dos surfistas.

“Os Jogos Olímpicos serão absolutamente diferentes em relação ao Circuito Mundial, tem outra energia. Alguns atletas se dedicam quatro anos para uma semana de competição. Acho que existe pressão e ansiedade, mas felicidade também, por ser um dos representantes do Brasil”, finalizou Italo. (COB)

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