É preciso saber levar vantagem em tudo, certo? O Fluminense soube mais uma vez tirar proveito de ter um jogador a mais em campo e venceu o Sport, por 1 a 0, com gol de Samuel, aos 37 minutos do segundo tempo, neste sábado, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). Na comemoração, o atacante tricolor tirou a camisa, jogou-a no chão e exibiu seus músculos para a torcida presente no estádio e para as câmeras da TV, à la Balotelli, atacante da seleção italiana.
O resultado deixou o time carioca com os mesmos 39 pontos do líder Atlético-MG, mas com dois jogos a mais. Por outro lado, o time pernambucano completou sua nona partida sem vencer, sendo que nas últimas seis sem fazer um gol sequer, e permanece na zona de rebaixamento, em 18º, com 14 pontos. Na 19ª rodada, a última do turno do Brasileirão, o Tricolor das Laranjeiras enfrentará o Vasco, no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão. No dia seguinte, às 18h30m, o Rubro-Negro pernambucano também fará um clássico local, contra o Náutico, na Ilha do Retiro.
Pouco antes do jogo começar, a torcida do Fluminense homenageou um jogador adversário, ex-artilheiro tricolor: "Ah, Magno Alves; ah, Magno Alves". Com oito desfalques, o técnico Abel Braga temeu por ficar sem mais um titular, quando com um minuto de jogo houve um choque fortíssimo entre Willian Rocha e Wallace, e o lateral-direito do Flu acabou saindo de maca. O volante Diguinho chegou a se aquecer, mas Wallace se recuperou e voltou a campo.
O Sport, que só vai estrear seu novo técnico, Waldemar Lemos, na próxima rodada, iniciou o jogo sem se intimidar por estar fora de casa e, aos cinco minutos, teve ótima oportunidade de marcar: Willian Rocha fez belo lançamento para Rithely, que diante de Cavalieri tocou de lado, mas a bola saiu perto da trave esquerda do goleiro tricolor. A resposta do Fluminense veio aos nove com sua jogada característica, a bola alta na área. Thiago Neves, o novo camisa 10 tricolor, cobrou falta da intermediária, pela meia esquerda, Leandro Euzébio cabeceou, Magrão fez grande defesa, Valencia ainda tentou chutar na pequena área para o gol, mas Willian Rocha afastou o perigo, perto da linha de gol.
O time pernambucano marcava forte no meio de campo e dificultava muito a armação ofensiva da equipe carioca. Mesmo assim, aos 22, Wagner teve uma chance de ouro para marcar, ao penetrar sozinho na área pela esquerda e na saída de Magrão tentar colocar a bola no lado oposto, mas ela saiu pela linha de fundo, quase tocando o pé da trave. Quatro minutos depois, Thiago Neves cobrou falta com perigo: a bola passou perto do ângulo esquerdo de Magrão. O troco rubro-negro foi na mesma moeda, aos 28: Hugo cobrou falta, a bola bateu na barreira e Cavalieri, quase traído com o desvio, espalmou para escanteio, numa bela defesa no meio do gol.
A partir dos 30, o Flu começou a tomar conta do meio de campo e empurrou o Sport para a defesa, onde deixava um buraco no seu lado direito, por onde Wagner já desperdiçara uma ótima chance. Aos 36 foi a vez de Thiago Neves, completamente livre na área, matar no peito e bater mal de pé direito, pela linha de fundo, à esquerda de Magrão.
Flu começa melhor na segunda etapa, mas diminui o ritmotapa
A substituição que quase foi feita no iníio da partida foi feita por Abel na volta para o segundo tempo: Diguinho no lugar de Wallace. Com a mudança, Jean passou a jogar na lateral-direita. E foi após um lançamento de Diguinho, aos dois minutos, que o Fluminense criou sua primeira oportunidade de gol na etapa final. Thiago Neves se aproveitou da cochilada de Cicinho e cruzou da esquerda, já dentro da área, para Wagner, livre no lado oposto, dentro da pequena área. O camisa 19 do Flu cabeceou para o chão, no contrapé de Magrão, mas o goleiro do Sport foi ágil e com o pé direito tiou o gol certo do adversário.
A configuração da partida era a mesma do fim da primeira, o time da casa no ataque, e os visitantes tentando o contra-ataque. E num deles, aos oito, Rithely recebeu de Magno Alves na área e bateu de pé esquerdo, mas Cavalieri fez difícil e segura defesa. Mas o time mais perigoso era o Flu, e aos 10, Thiago Neves recebeu na área, pela esquerda, tocou certo para marcar, a bola passou por Magrão, mas Diego Ivo salvou o Sport de levar o primeiro.
A partir daí, o Tricolor diminuiu seu ritmo e já não ameaçava tanto o adversário, que passou a ter mais presença no ataque, mas também sem criar grandes coisas. O árbitro Leandro Vuaden é que foi alvo de muitas reclamações dos dois bancos durante o jogo. No primeiro tempo ele já expulsara o preparador físico do Sport, Eduardo Batista, e na etapa final, o técnico interino do time rubro-negro, Gustavo Bueno, foi mandado embora por esbravejar pela não marcação de uma falta em Hugo perto da área adversária. No lance do choque entre Wallace e Willian Rocha no início da partida, Abel ficara revoltado com Vuaden por não ter expulsado o jogador do Sport, mas o árbitro não deve ter ouvido o técnico tricolor por estar no lado oposto do campo.
O jogo só voltou a ter um momento de emoção aos 33, quando num lançamento alto na área, Gum entrou só e tocou na bola, mas Magrão novamente salvou o time de Recife. Um minuto depois, Tobi deu uma entrada dura em Thiago Neves no meio do campo, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo. E o Tricolor se aproveitou bem da vantagem, como tinha feito na vitória sobre o Palmeiras. Aos 38, Carlinhos cruzou da esquerda, Samuel desviou a bola com leve toque e ela entrou no canto esquerdo do goleiro do Sport, que só ficou olhando: Flu 1 a 0. Na comemoração, o atacante tricolor comemorou à la Balotelli e levou cartão amarelo. Com a torcida em festa e o adversário abalado, o time carioca continuou no ataque e teve chances de fazer o segundo, mas não foi preciso para vencer.