Com uma cerimônia grandiosa, o povo de Nanquim, na China, deu as boas-vindas aos Jogos Olímpicos da Juventude. Em quase uma hora e meia, bailarinos, carros alegóricos, muita luz e tecnologia deram ritmo a uma festa que passeou pela história da China e da cidade de Nanquim, sede das Olimpíadas. A cerimônia contou com seis mil pessoas e teve como temas principais a celebração do sonho chinês e da energia da juventude esportiva. A população da cidade abraçou o evento, lotando o estádio com mais de 20 mil presentes.
Entrando no clima da garotada, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, fez uma selfie no meio do seu pronunciamento e ofereceu uma hashtag para que todos no estádio fizessem o mesmo com seus celulares. Atendido pelo público, era possível ver uma saraivada de flashes e de pessoas fazendo selfies. A pira olímpica foi acessa pela atleta Chen Ruo Lin, dos saltos ornamentais. Ela é bicampeã olímpica, com quatro medalhas de ouro, conquistadas em 2008 e 2012. Ela é da província de Jiangsu, na China, onde Nanquim fica.
- Desde o momento em que eu soube que viria para estes Jogos Olímpicos que eu esperava pelo momento da abertura. Representar o Brasil é uma responsabilidade muito grande, mas também um prazer imenso. Muitos dos atletas que estão aqui hoje são promessas para o futuro e o Brasil está apostando na gente. Espero que todos tenham um excelente desempenho no profissional também para que a gente possa se reencontrar novamente em Jogos Olímpicos futuros - disse o tenista brasileiro Orlando Luz.
A festa
A delegação brasileira foi representada pelo arqueiro Marcus Vinicius D'Almeida, porta-bandeira escolhido pelo Comitê Olímpico do Brasil. Todas as delegações foram representadas por apenas um atleta. Chen Weiya, mais famoso coreógrafo da China, foi o responsável pela festa que trouxe em seu início uma saudação aos atletas, a entrada das bandeiras dos países, com o Japão vaiado, a falta da Nigéria, revoltada com o tratamento do COI ao surto de Ebola, e a presença do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach.
Musicalmente rica, a cerimônia de abertura teve também muita dança, com acrobatas voando presos a cabos de aço. Várias dinastias chinesas foram lembradas e a tecnologia ficou por conta da realidade virtual utilizada por meio de uma espécie de telescópio gigante que projetava imagens em todo o estádio enquanto fogos de artifícios "explodiam". A história da colonização chinesa e a descoberta de uma rota para a Europa foi lembrada. Em outro momento, jovens corredores pareciam flutuar.
Mais tarde, o telescópio de desfez e formou os anéis olímpicos. Oito jovens atletas chineses entraram em cena com a tocha olímpica, dando uma volta no estádio. Quando se aproximaram da pira, a atleta Chen Ruo Lin depositou a tocha em um primeiro pedestal, que automaticamente levou o fogo até a pira central por meio de fogos explosões, dando fim a festa.
Os Jogos de Nanquim, como de praxe nas Olimpíadas, começou antes, já que as disputas do futebol tiveram seu início dias antes. A Olimpíada de Juventude vai até o dia 28 de agosto e o Brasil conta com uma delegação de 97 atletas em 23 modalidades.