Atuando com praticamente toda equipe formada por reservas (dos titulares, somente Murilo e o líbero Serginho começaram a partida), o Brasil teve trabalho para derrotar a China, no tie-break, por 3 a 2 (23/25, 25/10, 25/18, 19/25 e 15/8), na manhã desta sexta-feira, em Kumamoto. A vitória apertada fez a seleção perder a liderança da Copa do Mundo, que foi ocupada pela Rússia, no critério de desempate. A intenção de Bernardinho foi a de dar ritmo de jogo aos reservas pouco utilizados até o momento e poupar os principais valores para a sequência da competição.
- Nós precisávamos mexer em função das questões físicas e necessidade de descanso para alguns jogadores, além da impossibilidade de escalação do Leandro Vissotto, que teve um mal estar ontem à noite. Em momento algum isso foi por soberba - explicou o técnico Bernardinho.
Agora com quatro vitórias e uma derrota (para a Itália), o Brasil terá como próximo compromisso a Argentina, domingo, em Hamamatsu, novamente às 4 horas (de Brasília) e com transmissão da Globo e do Sportv. A China, por sua vez, perdeu todos os jogos que realizou, mantendo-se na lanterna do torneio. Os chineses, que conseguiram vencer seus primeiros sets justamente no duelo desta sexta, obtiveram seu primeiro ponto e enfrentarão a Polônia, domingo, em Fukuoka.
Depois de uma atuação sensacional dos titulares diante da Rússia (com uma vitória categórica por 3 a 0), o time misto do Brasil não jogou tão bem nesta sexta. Errou muito nos primeiros movimentos, principalmente com Theo e Bravo, e chegou a estar perdendo por 16/11. Nem mesmo as boas combinações de Bruninho com o experiente Gustavo fizeram a seleção salvar o set, o primeiro vencido pelos chineses na competição, por 25/23.
O quadro nacional voltou muito mais ligado para a segunda parcial, e logo abriu 4/0 e depois 11/3. Após início ruim, João Paulo Bravo cresceu no jogo e passou a virar todas as bolas. Passando a controlar amplamente o jogo, o Brasil empatou o duelo, matando o set em 25/10.
Passado um equilíbrio inicial, o terceiro set passou a ser dominado por brasileiros, que conseguiram 14/9. Mesmo sem bom aproveitamento no bloqueio, a seleção não encontrou problemas para vencer por 25/18, após ponto de saque feito por Marlon (que entrara para o serviço), e virar o placar em Kumamoto.
O Brasil entrou para o quarto set com a intenção de fechar a partida, mas voltou a cometer erros em saques e nas tramas ofensivas, principalmente com Theo, bem marcado pelo bloqueio chinês. Com 20/14 para os orientais, a seleção brasileira passou a ver novamente o fantasma da parcial inicial, o que acabou se confirmando com um ataque totalmente equivocado de Murilo. China 25/19.
Para evitar uma derrota surpreendente, o time nacional voltou bem mais ligado e com Lucão para o tie-break. Sem sofrer os sustos que passou em boa parte do jogo, o Brasil deu números finais ao jogo fazendo 15/8 e se livrou de uma surepreendente e patética derrota na Copa do Mundo.
- Enfrentamos um time que jogou solto, alegre e nós erramos muito no primeiro set. Depois, tivemos dois bons sets, onde comandamos a partida, imaginando que seguiríamos nesse ritmo no quarto set, mas a situação mudou. Eles jogaram bem e tiveram méritos. E, na sequência conseguimos controlar o tie-break- analisou Bernardinho.
O Brasil entrou em quadra com Bruno, Murilo, Theo, Gustavo, Rodrigão, João Paulo Bravo e o líbero Serginho. No decorrer, entraram Marlon, Wallace e Lucão.
Irã apronta mais uma
Após cinco rodadas disputadas, a Copa do Mundo revelou uma grande surpresa até o momento: Irã. Tida anteriormente como um das mais fracas da competição, a equipe asiática já havia derrubado três de seus oponentes (Japão, por 3 a 1; Sérvia, 3 a 2; e Polônia, 3 a 2), conhecendo apenas uma derrota o início da jornada de sexta-feira (Cuba, por 3 a 0). Nesta manhã, a vítima foi a Argentina, que sofreu a virada e caiu por 3 a 2 no tie-break (parciais de 15/25, 25/21, 24/26, 25/16 e 15/12 para os iranianos). O país ocupa agora a quinta colocação, com nove pontos.
Confira os duelos desta sexta
Irã 3 x 2 Argentina (15/25, 25/21, 24/26, 25/16 e 15/12)
Rússia 3 x 1 Egito (25/18, 25/17, 23/25 e 25/9)
Brasil 3 x 2 China (23/25, 25/10, 25/18, 19/25 e 15/8)
Cuba 3 x 1 Sérvia (17/25, 25/21, 25/22 e 25/17)
Polônia 3 x 1 Japão (23/25, 2521, 25/19 e 25/18)
Itália 3 x 1 EUA (41/39, 25/22, 22/25 e 25/21)
Classificação, com pontos e jogos, com número de vitórias entre parênteses
1º Rússia 12 e 5 (4)
2º Brasil 12 e 5 (4)
3º Itália 11 e 4 (4)
4º Polônia 10 e 4 (3)
5º Irã 9 e 5 (4)
6º Cuba 9 e 5 (3)
7º Argentina 9 e 5 (3)
8º EUA 6 e 5 (2)
9º Sérvia 3 e 5 (1)
10º Egito 3 e 5 (1)
11º Japão 2 e 4 (0)
12º China 1 e 5 (0)