Com “tapetes” novos para os craques, Brasileirão 2013 tem mais atrações

Competição ganha companhia da Copa do Brasil até o fim, parada para Copa das Confederações e bola laranja

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Há muito um Campeonato Brasileiro não oferecia tantas atrações como este de 2013, que começa neste sábado com três partidas - Vasco x Portuguesa (18h30m), Vitória x Internacional (18h30m) e Corinthians x Botafogo (21h). Quando rolar, até a bola será diferente. Mas os estádios novos e reformados para a disputa da Copa das Confederações e Copa do Mundo aparecem como o maior destaque. É o caso da Fonte Nova, que, com capacidade para 55 mil torcedores, receberá o encontro entre leões e colorados. A média de público tem tudo para crescer. O torcedor certamente vai gostar da beleza e do conforto. E os "tapetes" estendidos aos craques deverão melhorar a qualidade da disputa (ver abaixo infográfico com o ponto forte e o ponto fraco de cada time, o fator caldeirão, o termômetro com as chances de título, vaga na Libertadores, mera figuração e rebaixamento, o histórico dos últimos 10 anos e a opinião dos analistas).

Mineirão, Fonte Nova, Mané Garrincha e Arena Pernambuco são estádios certos no Brasileirão. Os casos do Maracanã e do Castelão, de Fortaleza, ainda não estão definidos. Até a Arena do Grêmio, a reboque dos construídos para as competições internacionais, fará sua estreia na competição, que vai parar na quinta rodada, em 9 de junho, para retornar quase um mês depois, em 6 de julho. É só os craques capricharem. Afinal, na volta da pausa para a Copa das Confederações - outra novidade -, terão a principal competição nacional como maior pano de fundo para mostrar serviço rumo à Copa de 2014. E se o Fluminense, atual campeão brasileiro, e o Atlético Mineiro, vice-colocado, ainda sonham com a conquista da Libertadores, os outros clubes terão outra oportunidade: paralelamente ao Brasileirão, estarão na briga da Copa do Brasil, agora estendida até o fim do ano.

Sem rivais na rodada final

E é nessa reta final que haverá mais uma mudança: os cruzamentos entre times do mesmo estado, adotados nos dois últimos anos com o objetivo de evitar possíveis relaxamentos para prejudicar rivais, foram abandonados. Volta a fórmula anterior, de confrontos entre clubes de praças diferentes. Com isso, pode retornar a velha prática do uso de reservas, como aconteceu em 2009, quando o Grêmio, já sem chances, escalou equipe mista contra o Flamengo na última rodada. O Inter, maior adversário do Tricolor gaúcho, também tinha chances de ser campeão. Mas os rubro-negros venceram por 2 a 1 e ficaram com o título.

Há também quem lamente a falta do confronto na última rodada por desperdiçar a oportunidade de fisgar o título justamente em cima do grande rival. É o caso de Lucca, do Cruzeiro, que fez gol contra o Resende na goleada de 4 a 0, na Copa do Brasil, em sua estreia, na última quarta, e surge como opção para o ataque, que conta com a boa dupla Dagoberto-Borges.

- É lógico que, se fosse uma coisa boa para nosso lado, seria mais gostoso ser campeão em cima do Atlético-MG. Mas não temos que escolher. Vamos com determinação, com tudo para ficar entre os primeiros durante o Brasileiro - afirmou o atacante do clube celeste, que terá de volta para os jogos em casa o Mineirão, com capacidade para 62 mil pessoas.

Com a Copa do Brasil

Ainda por cima, o Brasileirão ganhou um companheiro até o fim do ano: a Copa do Brasil. Essa é a outra novidade. Agora, a competição de mata-mata se estenderá até o fim do ano - a decisão será em novembro - para os clubes que jogaram a Libertadores deste ano poderem também participar. Como consequência, fatalmente os times com chances de título na outra competição nacional, mas já sem esperanças no Brasileirão, pouparão títulares. Afinal, a Copa do Brasil também garante vaga na Libertadores de 2014. E os que resolverem jogar com força total nas duas competições certamente encontrarão mais dificuldades. Mesmo assim, há quem tenha adorado o sistema utilizado nos principais países da Europa.

- Isso deveria ter sido feito antes. É inadmissível você privar cinco ou seis equipes de disputar um dos melhores campeonatos do Brasil. Eu já fui campeão da Copa do Brasil (2009), é muito gostoso, mas queria ter enfrentado os adversários que estão na Libertadores. É um campeonato nacional. A Libertadores acabou para alguns times, e eles vão disputar um campeonato brasileiro, que é a Copa do Brasil. Lá fora, Real e Barça não se privam de jogar a Copa do Rei. Vai ser mais difícil conquistar, mas é melhor assim - afirmou Elias, volante do Flamengo, que estreia domingo, contra o Santos, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Novos estádios

Aliás, estádio novo e bonito é que não vai faltar neste Brasileirão 2013. O luxuoso Mané Garrincha, de Brasília, considerado por muitos o mais bonito e que será usado no clássico Flamengo x Santos no domingo, às 16h, tem tudo para encantar, apesar de alguns problemas observados na inauguração. O gramado está um brinco, fora as instalações. A capital da República não tem clubes na Série A, mas o campo, com capacidade para 70 mil pessoas, deverá ser requisitado ainda para outros jogos. O Flamengo, por exemplo, estuda a possibilidade de mandar mais partidas no local, até porque o Maracanã ainda não foi confirmado na competição nacional após a Copa das Confederações.

Outro estádio novo, inaugurado no fim do ano passado mas fora da Copa das Confederações, é a Arena do Grêmio, com capacidade para 60 mil torcedores. Não houve tempo de usá-lo no Brasileirão 2012, mas o Tricolor já atuou no espaço este ano tanto pelo Gaúcho como pela Libertadores. O time acabou perdendo o Estadual e sendo eliminado na competição sul-americana. Mas o meia Zé Roberto acha que tudo é questão de tempo para o time adotar com vantagem o mando de campo. E lembra experiência semelhante que viveu no futebol alemão.

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