Comitê Olímpico mantém decisão de excluir religiões africanas

As religiões escolhidas representariam a maior parte dos atletas

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Por decisão do Comitê Organizador Rio 2016, o centro ecumênico dos Jogos Olímpicos não incluirá cerimônias de religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé. O local realizará cerimônias de cristianismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo e budismo das 7h às 22h, celebradas em português, espanhol e inglês.

Segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB), as religiões escolhidas representariam a maior parte dos atletas (mais de 10 mil atletas olímpicos e 4 mil paralímpicos de 200 países) e que, seria impossível contemplar todas as fés existentes.

Em 6 de julho, o Ministério Público Federal recomendou ao presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman, que revisse a medida, mas não houve resposta.

“O Brasil conta com mais de 588 mil adeptos de religiões de matriz africana, sendo que o estado do Rio de Janeiro concentra significativo número de seguidores dessas religiões”, argumentam os procuradores regionais de Direitos do Cidadão Ana Padilha e Renato Machado. Segundo o último censo do IBGE, há pouco mais de 148 mil seguidores fluminenses de religiões de matriz africana.

Eles citam o artigo 5º da Constituição, de acordo com o qual, todos são iguais e é “inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e liturgias”.

Os XXXI Jogos Olímpicos de Verão terá cerimônia de abertura realizada no dia 5 de agosto e encerramento no dia 21 de agosto. O lema dos jogos será “Viva sua paixão”. As duas cerimônias acontecerão no Estádio do Maracanã.

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