A decisão da Taça Guanabara já pode ser incluída entre um dos tristes capítulos do futebol brasileiro. Neste domingo, a Justiça determinou a realização do jogo entre Vasco e Fluminense no Maracanã com os portões fechados, mas vários vascaínos, incitados pela diretoria de seu clube, foram ao estádio, o que proporcionou uma situação de grande tensão. Depois de muita polêmica, as pessoas começaram a entrar quando o confronto já estava no fim do primeiro tempo.
Ainda assim, houve diversos confrontos com a Polícia do lado de fora do Maracanã, enquanto a notícia ainda era de que os portões não seriam abertos. Os agentes utilizaram bombas de efeito moral e balas de borracha em resposta à revolta dos torcedores. Houve correria e pessoas feridas.
Toda a confusão na final no Rio começou com a discussão entre as duas equipes finalistas em relação à ocupação do setor sul do Maracanã. Assim, a desembargadora Lucia Helena do Passo proferiu a decisão sobre a realização do jogo com os portões fechados alegando “omissão do contrato, falta de acordo entre as partes por setor sul e risco iminente de conflitos entre as torcidas”.
Também foi determinada a devolução dos valores pagos pelos torcedores que já adquiriam ingressos. O descumprimento da decisão teria inicialmente uma multa de R$ 500 mil.