O Ministério Público de Goiás (MPGO) colheu provas contundentes de que jogadores de futebol estavam envolvidos em um esquema de manipulação de resultados de jogos. Entre as provas, o MPGO encontrou comprovantes de pagamento, prints de mensagens de texto, transcrições de áudios, além de ligações de vídeo em celulares apreendidos dos acusados.
De acordo com o MP, o grupo criminoso oferecia valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil aos jogadores para cometerem lances específicos nos jogos, como um número determinado de faltas, levar cartão amarelo, garantir um número específico de escanteios para um dos lados e até mesmo atuar para a derrota do próprio time. Com os resultados previamente combinados, os apostadores obtinham lucros altos em diversos sites de apostas.
O esquema era dividido em quatro núcleos: de apostadores, financiadores, intermediadores e administrativo. O "Núcleo Apostadores" contatava e aliciava jogadores para participar do esquema, pagava aos jogadores e promovia apostas em sites esportivos.
Os jogadores implicados incluem Polidoro Júnior, Gabriel Tota, Paulo Miranda, Igor Cárius, Matheus Phillipe Coutinho Gomes, Fernando Neto, Eduardo Bauermann, Kevin Joel Lomónaco, Victor Ramos, Nikolas Farias, Jarro Pedroso, Vitor Mendes, Nino Paraíba e Richard (Ceará).
A Operação Penalidade Máxima já realizou buscas e apreensões nos endereços dos envolvidos. As investigações começaram no final de 2022, quando o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro. À época, o presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar, investigou o caso e entregou as provas ao MPGO.