A Bélgica venceu o Canadá, por 1 a 0, nesta quarta-feira (23), no estádio Ahmed bin Ali, pelo grupo F da Copa do Mundo do Catar.
Aos 10 minutos do primeiro tempo, após o chute de Tajon Buchmann, Yannick Carrasco colocou a mão na bola dentro da área. O árbitro zambiano Janny Sikazwe revisou o lance no VAR, assinalou penalidade máxima e deu cartão amarelo para o belga.
O lateral Alphonso Davies partiu para a cobrança no canto esquerdo, mas o goleiro Thibaut Courtois se esticou e defendeu. No rebote, o canadense ainda isolou a bola. Michy Batshuayi abriu o placar, aos 44 minutos, com um chute de primeira, depois de um grande laçamento do zagueiro Toby Alderweireld.
O melhor lance da segunda etapa, até então, foi uma cabeçada de Cyle Larin, aos 35 minutos que parou nas mãos de Courtois. Entretanto, o Canadá não conseguiu ter efetividade em seus ataques, com os belgas apenas segurando o resultado e sem muitas aventuras. A posse de bola de 50% para cada seleção, sintetiza a igualdade e falta de criatividade durante o jogo.
PRÓXIMO JOGO
O Canadá volta a campo no próximo domingo (27), às 13h, contra a Croácia. Já a Bélgica, líder da chave, duela contra o Marrocos, no mesmo dia, mas mais cedo, às 10h.
PARTIDA
Quando as duas equipes foram para os vestiários no intervalo, o representante europeu tinha conseguido apenas quatro arremates. O adversário havia disparado 14 vezes contra o gol de Courtois. O goleiro do Real Madrid foi peça-central para traduzir a língua oficial da partida.
Com sete minutos, a Bélgica estava na marca do pênalti, após a bola bater na mão de Carrasco. Estrela mor dos Canucks, Alphonso Davies partiu para a cobrança. Seu chute fraco, no canto inferior direito, encontrou os braços de jogador de vôlei do goleiro belga. No decorrer do jogo, Courtois faria, pelo menos, mais um par de defesas que garantiram a vantagem para os Diabos Vermelhos, que cometeram os seus pecados, mas evitaram o desperdício.
A qualidade técnica fez a diferença. Não importasse quantas chances caíssem nos pés do centroavante David, ele não conseguia convertê-las. Ora era prensado. Ora a bola ia para fora. Ora parava no goleiro. Mesmo que Batshuayi não seja um Lukaku, ausente por lesão nas duas primeiras rodadas, foi o suficiente para os primeiros três pontos serem computados para a exaltada Geração Belga.
Nos instantes finais do primeiro tempo, Alderweireld, do campo de defesa, encaixou um lançamento nas costas da defesa. O centroavante do Fenerbahçe teve maior competência para colocar a bola na rede do que seu adversário.
Mesmo com maior qualidade, a Bélgica entendeu que seria difícil atingir as expectativas que recaem sobre ela nesta Copa, ao menos na estreia. Tentando se expôr o mínimo possível, controlou o jogo na metade final. Ainda assim, passou por alguns sustos, sempre controlados por Courtois.
O Canadá chutou mais de 20 vezes a gol, contra cinco do adversário, mas ainda falta falar a língua do gol na Copa do Mundo — são quatro jogos e nehuma rede balançada. Ao final do jogo, a Bélgica traduziu em suas ações o que é preciso para vencer uma partida de futebol.