Brasileiro é furtado no Catar e polícia manda ele decidir pena de ladrão

O brasileiro teve um prejuízo de cerca de R$ 750 que tinha em dinheiro na carteira na moeda local, além de cartões de crédito.

Brasileiro | Diego Garcia
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Um brasileiro foi furtado nesta quinta-feira (24) no metrô de Doha e passou por uma situação inusitada na delegacia da capital do Qatar. O homem, de 32 anos e que não quis se identificar por estar a trabalho na Copa, foi questionado pelo policial responsável sobre qual a pena gostaria de aplicar ao ladrão.

"O capitão da polícia responsável chegou na sala que eu estava e me perguntou se eu queria deportá-lo ou prendê-lo (o criminoso)", afirmou o brasileiro ao UOL. "Eles sequer haviam identificado ninguém, mas prometeu que o fariam, pois o país é cheio de câmeras". 

Segundo o homem, minutos antes, ele havia questionado a outro policial se os qataris, de fato, pediam para a vítima escolher uma punição ao autor do crime. 

"E ele me respondeu que isso era invenção da mídia para prejudicar a imagem do Qatar no exterior. Minutos depois, o chefe dele apareceu e me fez essa exata pergunta". 

O brasileiro apontou que o furto ocorreu dentro de um dos trens do metrô de Doha. "O vagão estava vazio e vi um grupo entrar. Um deles esbarrou em mim e pediu desculpas. Eles desceram na estação seguinte, até pensei que deveriam ter se enganado de linha". 

O brasileiro teve um prejuízo de cerca de R$ 750 que tinha em dinheiro na carteira na moeda local, além de cartões de crédito, que já foram bloqueados, e uma CNH que estava vencida. Porém, o que mais o incomodou foi o tempo de espera na delegacia. 

"Fiquei quase 2 horas esperando. E no dia do jogo do Brasil", lamentou o brasileiro. Sobre a punição ao assaltante, ele disse que falou aos policiais para deixar o sistema de Justiça do Qatar decidir. "O pior é que acho que ele ficou ofendido com a minha resposta".

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