Embora tenha afirmado que deixaria o comando da seleção brasileira depois da Copa do Mundo do Catar, o técnico Tite em nenhum momento comunicou a CBF para formalizar a sua decisão. A diretoria da entidade, após a eliminação do Brasil nas quartas de final, espera que isso aconteça para iniciar a busca por um sucessor.
Em todos os momentos em que foi questionado sobre sobre o tema, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, se esquivou a indicou que a decisão só seria tomada a partir do ano que vem. Com a queda do Brasil diante da Croácia esse processo sofrerá uma aceleração. Mas será necessário paciência para que cumpra cada etapa por vez.
A primeira etapa é desfazer o trabalho da atual comissão técnica, parcial ou completamente. Tite indicou a saída, mas ainda não se sabe se outros profissionais irão embora com ele, caso do coordenador de seleções Juninho Paulista, por exemplo. A atual comissão técnica conta com 74 profissionais e o processo de reformulação promete ser demorado caso haja um direcionamento para zerar o trabalho que teve início em 2016.
Buscar outro técnico antes da saída do Tite também causaria um problema interno grande, na avaliação da CBF. Mas a entidade entende que ofereceu ao treinador toda a estrutura que foi pedida pela seleção, e que o fracasso precisa ser explicado pelo técnico e os demais responsáveis pelo trabalho de seis anos.
A partir de então, haverá discussões no sentido de entender o perfil do sucessor. A chegada de um estrangeiro não está descartado, mas nomes em destaque no futebol brasileiro eram bem avaliados e foram citados pela direção da CBF, como Dorival Júnior e Fernando Diniz. Até agora, no entanto, não houve nenhum tipo de conversa.