A afirmação de Tite de que Neymar jogará a Copa do Mundo tranquilizou a torcida, mas as etapas para que o jogador tenha a participação nos próximos jogos definida dependem de um passo a passo médico que ainda deixa dúvidas sobre a presença do camisa 10 diante da Suíça, segunda-feira. As informações são do O Globo.
A chance de corte é próxima de zero, mas a ida para a segunda partida passa pelo diagnóstico do grau de entorse no tornozelo direito. E para que haja clareza nele é preciso que Neymar relate como se sente em relação a dores no local quando acordar nesta sexta-feira. A partir daí o departamento médico da seleção terá um cronograma a cumprir.
Primeiro, fazer um trabalho de controle da dor a partir do uso de medicamentos. Em paralelo a isso manter o tratamento com gelo para diminuição do edema, que é o inchaço provocado pela concentração de sangue na área da lesão. Caso o atacante relate muitas dores e esse inchaço não diminua, o exame de imagem é logo realizado.
Essa avaliação visa confirmar o grau da lesão e também se há dano aos ligamentos do tornozelo. Caso qualquer ruptura seja descartada, segue-se o protocolo de diminuição da dor, que pode durar até a noite de sábado. Ou seja, dificilmente Neymar vai treinar com bola nas primeiras 48 horas.
Se houver evolução, os fisioterapeutas iniciam um trabalho de manutenção do arco de movimento, que implica em avaliar se o atleta aguenta que o tornozelo vire para todos os lados. Uma complicação dessa etapa impede por exemplo que Neymar possa correr normalmente, chutar a bola e usar o pé direito como base de apoio.
Se conseguir tudo isso, a etapa seguinte consiste em fazer um fortalecimento muscular da região para liberação para treinos e jogos. Ou seja, que toda a estrutura que sustenta o tornozelo esteja firme para que, mesmo com alguma dor, o camisa 10 consiga jogar mediante medicação e proporção da área.