Corinthians aposta em veteranos, mas nega novo perfil de contratações

Maldonado estava recuperando-se de uma lesão no CT Joaquim Grava e foi contratado a custo zero até o fim do ano.

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O Corinthians, que já buscou Cristian, Elias, Jucilei, Paulinho e Ralf no mercado, apostou em Maldonado e pode fechar em breve com Ibson. Depois de fazer apostas baratas, o clube se aproxima de veteranos com rodagem, mas nega que haja uma mudança em sua política de contratações.

?Não existe uma regra. Não existe nada tabelado ou que não pode jogador acima de 30. São oportunidades de mercado, e o Maldonado foi uma delas. Vocês sempre querem colocar em uma forma. Existe oportunidade. Pode vir até da África?, disse Roberto de Andrade, diretor de futebol do Corinthians, na última terça.

Maldonado estava recuperando-se de uma lesão no CT Joaquim Grava e foi contratado a custo zero até o fim do ano. Ibson viria também de graça após a rescisão com o Flamengo, mas com um salário mais elevado que o chileno, ainda que bem menor que os R$ 450 mil que ele recebia na Gávea.

Com 33 e 29 anos, respectivamente, os jogadores diferem de seus antecessores volantes no Corinthians. Desde o início do trabalho da atual gestão, a posição sempre foi a que teve a reposição mais acertada. Cristian veio em 2008, na Série B, na condição de ?refugo? do Flamengo, enquanto Elias era uma aposta da sensação Ponte Preta. Juntos, eles subiram e levaram o Paulista e a Copa do Brasil de 2009.

Quando Cristian deixou o país, Jucilei, cria do Corinthians-PR, ganhou espaço e ficou na equipe até o começo de 2011, quando Tite renovou a posição. Paulinho chegou ainda em 2010 do Bragantino, enquanto Ralf surgiu no Grêmio Barueri. Juntos, eles conquistaram o Brasileiro, a Libertadores, o Mundial de Clubes e o Paulista.

Guilherme e Guilherme Andrade representam a próxima geração, mas a direção argumenta que o peso não pode ficar todo com os garotos, o que explicaria Ibson e Maldonado. Os dois ex-flamenguistas vêm de temporadas conturbadas, com pouco rendimento em campo e muito prejuízo para seus antigos clubes.

Até nisso os dois diferem de seus novos (possíveis, no caso de Ibson) companheiros. Dos titulares atuais, Alessandro e Fábio Santos chegaram ao clube em diferentes momentos longe de serem unanimidade, mas tinham histórico de discrição. Cássio e Paulo André eram apostas de composição de elenco que ganharam um lugar ao sol. Já Danilo e Guerrero foram reforços de nome nos quais o Corinthians, de fato, investiu, como fez no início deste ano com Gil, Renato Augusto e Alexandre Pato.

A comparação que cabe é com Emerson e Adriano. O próprio diretor-adjunto de futebol do clube, Duílio Monteiro Alves, reiterou os exemplos em conversa informal com a imprensa. Como Ibson e Maldonado, o Sheik e o Imperador chegaram ao clube a custo zero e questionados.

Os dois tiveram, como se sabe, destinos bem diferentes no clube. Adriano nunca conseguiu substituir Ronaldo, teve muitas lesões, abusou em termos de indisciplina e foi mandado embora no meio da Libertadores do ano passado. Emerson, por sua vez, decidiu a competição sul-americana e conquistou o status de ídolo pelos gols e pelo estilo irreverente.

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