A inscrição inicial do Corinthians na Libertadores tem Adriano como camisa 10. No entanto, a diretoria do clube não o trata como campeão do torneio continental e resolveu vetar a medalha do jogador.
Os dirigentes entendem que o fato do atacante não ter participado de nenhum jogo da competição justifica a iniciativa.
"Não dá para medir o quanto o Adriano é merecedor. Ainda estamos com a cabeça aérea, e vamos ver o que acontece", disse o gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar, se recusando a falar sobre o veto.
"É difícil de falar se ele tivesse ou não aqui se teríamos ganhado a Libertadores. O Adriano saiu em um momento que ambos os lados estavam desgastados. Só que respeitamos muito ele, e é algo recíproco", complementou Edu evitando polemizar.
Adriano chegou a participar da reunião do elenco para discutir premiações na Libertadores. Mas o atacante não chegou a levar "bicho" por cada fase avançada no torneio por ter deixado o clube logo no início da disputa. Ele foi substituído na lista de inscritos antes do início das oitavas de final pelo zagueiro Marquinhos.
O Corinthians anunciou a saída de Adriano no dia 12 de março alegando "comum acordo". No dia 23 do mesmo mês, mudou a versão e informou que demitiu o jogador por "justa causa", e usou como argumento o falto de o atacante ter faltado em 67 sessões de fisioterapia. A partir daí, a diretoria sempre se disse respaldada para uma briga jurídica com o atleta, já que documentou todos os seus atos de indisciplina.
Adriano chegou a acionar o Corinthians na Justiça por não concordar com a maneira como foi demitido pelo clube. No princípio de junho, o atacante retirou o processo após acordo com o clube para obter cerca de R$ 1 milhão de indenização.