
O Corinthians enfrenta um duro revés financeiro após ser condenado pela FIFA a pagar multas relacionadas às contratações do meia argentino Rodrigo Garro e do zagueiro equatoriano Félix Torres. As decisões, que foram tomadas em 2024, foram divulgadas oficialmente nesta segunda-feira (3) no site da entidade máxima do futebol.
As penalidades somam aproximadamente R$ 55 milhões, sendo R$ 28,7 milhões destinados ao Talleres, da Argentina, pela transferência de Garro, e R$ 35,3 milhões ao Santos Laguna, do México, pela aquisição de Félix Torres. O Corinthians recorreu das decisões junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Caso Rodrigo Garro
A disputa com o Talleres teve início em meados de 2024, quando o clube argentino acionou a FIFA alegando divergências nos tributos da transferência do meia. O Talleres afirmou que o Corinthians deveria pagar mais US$ 700 mil (aproximadamente R$ 3,7 milhões) referentes a despesas operacionais.
O Corinthians havia desembolsado cerca de US$ 3,8 milhões para contratar Garro, incluindo US$ 1,8 milhão em despesas operacionais, conforme exigência do Talleres. No entanto, o clube argentino contestou o abatimento de impostos na Argentina, que reduziu o valor líquido recebido em US$ 700 mil.
A FIFA considerou que o contrato não previa deduções e que o Corinthians, como clube experiente em transferências internacionais, deveria ter estipulado claramente essas condições. O Corinthians, por sua vez, sustenta que realizou os pagamentos conforme o acordado e nega pendências com o Talleres.
Caso Félix Torres
A disputa com o Santos Laguna envolve o não pagamento da segunda parcela da transferência de Félix Torres. O clube mexicano alega que apenas a primeira parcela foi quitada e, diante do atraso na segunda, prevista para maio de 2024, acionou a FIFA para exigir o pagamento integral do contrato.
Ambas as situações representam um desafio financeiro significativo para o Corinthians, que agora depende da decisão da CAS para tentar reverter as penalidades impostas pela FIFA.