Durante julgamento realizado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD), o Corinthians foi punido com a perda do mando de campo com portões fechados. A decisão foi motivada pelos cânticos homofóbicos entoados por alguns torcedores, em 14 de maio, durante o clássico entre Corinthians e São Paulo.
O confronto ocorreu na Neo Química Arena, com presença exclusiva da torcida mandante, e resultou em um empate de 1 a 1 pelo Campeonato Brasileiro. A próxima partida do Corinthians, em seu estádio pela Série A, está marcada para o dia 2 de julho, contra o Red Bull Bragantino, válida pela 13ª rodada do torneio. Vale ressaltar que ainda é possível entrar com recurso.
Esta é a primeira punição desse tipo desde a adoção do novo Regulamento Geral das Competições da CBF. A sansão prevê aumentou da severidade das penalidades para casos semelhantes neste ano. A partida do ocorrido chegou a ser paralisada pela arbitragem.
O árbitro Bruno Arleu de Araújo decidiu interromper a partida aos 17 minutos do segundo tempo e retomou aproximadamente quatro minutos depois, além de registrar o incidente em sua súmula. Além disso, durante o jogo, os telões da arena exibiram uma mensagem de alerta aos torcedores.
O administrador da Neo Química Arena, Lúcio da Silva Blanco, e o gerente de futebol corintiano, Alessandro, foram ouvidos durante a defesa do clube. Os dois confirmaram que os gritos foram entoados, porém, reforçaram que o clube segue todas as diretrizes e orientações para conscientizar a torcida.
A punição aplicada se baseia no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. A mesma aborda a prática de atos discriminatórios, desdenhosos ou ultrajantes relacionados a preconceitos por motivo de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.