O Corinthians voltou a pagar o financiamento da Arena, o que não ocorria desde março de 2016. Ao perceber que havia errado nas projeções e não teria condições de arcar com o pagamento do estádio em Itaquera, o clube discutia há mais de um ano com a Caixa Econômica Federal um novo formato.
O prazo (até o fim de 2028) está mantido e o valor das parcelas irá aumentar ao longo desse período. Quatro parcelas do acordo já foram quitadas com o banco de uma só vez nos últimos meses, como confirmou o diretor financeiro, Emerson Piovezan.
O Corinthians deve aproximadamente R$ 1,37 bilhão para a Caixa e outros R$ 360 milhões para a Odebrecht, superando R$ 1,7 bilhão no total. O valor pode ultrapassar R$ 2 bilhões até o fim do contrato.
Parte do pagamento da arena à construtora será feito a partir da venda de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs), títulos que podem ser comprados por empresas que gastam com impostos municipais. Os "papéis" foram emitidos pela prefeitura como contrapartida aos benefícios à economia da Zona Leste.
O valor corrigido já ultrapassa R$ 450 milhões, mas o clube tem encontrado dificuldades para vender os CIDs. Em 2016, foram comercializados R$ 29 milhões. Neste ano, algumas empresas (várias delas de conselheiros corintianos) adquiriram mais títulos, mas a ideia é acelerar a comercialização.