Coutinho fala em ''primeira final'' e de dores de Neymar:'normal'

Na coletiva, o meia do Barcelona minimizou as dores do companheiro.

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O entrevistado do dia em Sochi foi Philippe Coutinho, mas o assunto principal da Seleção nesta terça-feira girou (mais uma vez) em torno de Neymar. O camisa 10 deixou o treino mais cedo mancando e reclamando de dores no tornozelo direito. Na coletiva, o meia do Barcelona minimizou as dores do companheiro.

Coutinho ainda falou sobre o grande número de faltas sofridas pelo camisa 10 do Brasil na estreia e destacou a força do conjunto do time para vencer as defesas adversárias. Segundo a CBF, as dores do craque foram ocasionadas justamente pelas pancadas contra a Suíça.

- Neymar é muito visado, recebe muitas faltas, muitas pancadas. Claro que nosso forte é o coletivo. Um jogo ou outro, um vai se destacar, mas nosso forte é o coletivo, isso é o mais importante. Cada um fazendo o seu, com sua responsabilidade, no seu setor, para o bem coletivo.

Depois do empate inesperado, o Brasil precisa vencer a Costa Rica na próxima sexta-feira, em São Petesburgo, para melhorar sua situação no Grupo E. Segundo Coutinho, o jogo pode ser considerada a primeira final da Seleção na Rússia.

- É isso ai (primeira final), um jogo muito importante. Claro que a gente queria a vitória no primeiro jogo. Sabíamos da importância. Infelizmente, acabamos empatando. Mas temos essa nova oportunidade. Creio que vai ser um grande jogo. Todos têm que estar focados, mentalmente fortes, para fazer um grande jogo - frisou.

Veja as outras respostas da coletiva:

Costarriquenhos vão sair para o jogo?

- Isso a gente vai saber só no jogo. Com certeza, vai ser um jogo difícil, como todos os jogos de Copa do Mundo são. Os jogos têm sido equilibrados. O jogo deles contra a Sérvia foi decidido em uma bola parada. Temos que estar ligados. Se eles vierem mais defensivamente, temos que ver durante a semana como penetrar. Caso saiam para o jogo, também temos que ver qual a melhor forma para marcar, defender e sair jogando. Vamos saber só na sexta-feira, mas durante a semana vamos nos preparar para as duas coisas.

Como superar a frustração do empate

- Com certeza, a gente queria muito ganhar esse jogo. Todo mundo estava com essa vontade. Foi um jogo bem difícil, contra um adversário forte, em estreia de Copa do Mundo. Mas não foi possível, então agora temos que manter a cabeça boa, continuar trabalhando forte, como a gente sempre fez, durante toda as eliminatórias, amistosos, e entrar com cabeça boa para merecer vencer.

Reclamações sobre o VAR

- Dependendo da forma que você fala com o árbitro, acaba se prejudicando, prejudicando a equipe com um cartão. Não é isso que a gente quer. Creio que tem pessoas competentes fazendo o trabalho deles. Sobre o VAR, o professor Tite já falou, a CBF também. Sobre isso, prefiro não comentar. Prefiro focar só no nosso próximo adversário, o jogo contra a Costa Rica.

Atuação na estreia

- O primeiro jogo envolve muitas coisas. Jogo de Copa do Mundo, muito difícil. Todo mundo estava ansioso por esse momento. Acho que criamos bastante, claro que não jogamos como vínhamos jogando durante as eliminatórias, mas criamos bastante. De repente, poderíamos ter finalizado melhor, equilibrado mais o jogo. Também foi conversado isso, trabalhado um pouco mais a bola dos dois lados. O que a gente tem que fazer é continuar com a cabeça boa, estar mentalmente forte para chegar bem na sexta-feira, jogar com alegria, como a gente sempre fez.

Equilíbrio e cadência pedidos por Tite

- O professor falou pra gente no vestiário que a gente poderia ter virado mais o jogo. A gente pega a bola e já quer atacar, quer fazer o gol, criar as jogadas. É esse equilíbrio que ele fala, girar mais a bola para entrar no tempo certo.

Pode ser candidato a melhor do mundo?

- Não gosto de falar sobre mim mesmo. Não é uma coisa que eu tenho na cabeça. O que tenho é sempre me preparar, aprender, evoluir. Sobre ser melhor do mundo, deixo para as pessoas de fora, porque não gosto muito de falar sobre mim.

Surpresas na Copa

- Isso tudo prova que muita gente fala sobre favoritismo, e a gente está falando de uma Copa do Mundo, onde tudo pode acontecer. Todas as seleções se preparam forte para esse momento, então tudo pode acontecer.

Bolas aéreas

- O Tite trabalha muito, ele é muito ligado nos detalhes. Sempre nos treinamentos busca a perfeição das bolas paradas, porque a gente vê que se decidem muitos jogos assim. A gente trabalha bastante, ofensivamente também. Todos têm sua função, não sou dos mais altos, fico um pouco fora, mas tenho função de ajudar também.

De quem é a função de fazer a bola girar?

- É de quem está na posição. Minha, Casemiro, Paulinho. Paulinho está mais para o outro lado, mas essa função é nossa, de quem vem mais de trás. De repente, faltou girar mais, usar mais nosso lado direito, que é muito forte. Com certeza, a gente vai ajeitar isso para o próximo jogo.

Contato com a família

- Esse contato é muito bom, importante pra gente estar ao lado das pessoas que nos fortalecem a cada dia. Tive contato ontem na folga, hoje depois do treino, só recebendo força positiva. Todos estão com a cabeça boa, isso passa tranquilidade também.

Análise individual na temporada

- Com certeza foi uma temporada boa para mim. Sobre protagonismo na Seleção, aqui temos um grupo de grandes jogadores. É uma equipe de muita qualidade, cada um sabe da sua responsabilidade e todo mundo que fazer as coisas bem. Assim a equipe cresce, joga bem. Um joga bem um jogo, na outra já tem outro. O mais importante para a gente é o coletivo.

O mantra de Tite

- O professor sempre conversa com a gente nas reuniões. Ele é como se fosse um psicólogo. Conseguiu colocar isso na nossa cabeça, de estar mentalmente forte, é uma coisa que cada um leva consigo. É muito importante, acho que temos que continuar assim, esse é o segredo, a chave. Vamos enfrentar pedreiras, o próximo já é um deles, e nós temos que estar mentalmente fortes (risos).

O que conhece da Costa Rica?

- São jogadores de qualidade, vi um pouco do jogo deles contra a Sérvia. Foi um jogo equilibrado, decidido em bola parada. É um time que tenta jogar. Como a gente sempre entra nos jogos, temos que jogar com alegria, claro, com responsabilidade que tem que ter vestindo essa camisa. Mas com a alegria e ousadia de tentar as jogadas, com equilíbrio na hora de defender.

Mais à vontade em campo do que fora dele?

- Muito mais à vontade do que estou aqui (risos). Toda vez que faço um gol, é um momento de alegria muito grande. Nas comemorações, às vezes não dá para conter, e a gente extravasa mesmo.

Mensagem de Puyol após golaço

- Recebi algumas mensagens, sim, de amigos, de alguns personagens do clube, que me desejaram boa sorte antes do jogo e depois comentando um pouco do jogo também. Coisas que ficam no interno (risos).

Contas para a classificação

- Sim, a gente conversou sobre isso, as possibilidades, as formas de classificar, sobre pontuação. Teve reunião sobre isso. Mas, dentro de campo, a gente quer sempre ganhar, fazer bem. Na nossa cabeça, pelo menos na minha, o mais importante é o próximo jogo. Temos que jogar bem. Merecendo a vitória, ganhando, a gente já passa a pensar no próximo jogo, e a questão dos pontos fica mais do lado de fora.

Pode ser o ritmista que Tite quer?

- Na minha posição, na do Paulinho e do Casemiro, a gente pode controlar um pouco essa situação de cadenciar um pouco jogo. Vem, sim, mais da gente, dessa posição, temos essa responsabilidade de saber atacar na hora certa, saber cadenciar também na hora certa para equilibrar o jogo.

Golaço e a dificuldade de fazer gol em Navas

- Na minha posição, às vezes a oportunidade que aparece é para chutar de fora da área, treino com meus companheiros. Tive felicidade de fazer o gol, se Deus quiser mais (gols) virão. Sobre o Navas, é um grande goleiro, fez uma grande temporada, mas espero que a gente possa levar a melhor nesse jogo.

Comentário de Zico, de que às vezes desaparece em campo

- Me sinto à vontade, já joguei nessa posição muitas vezes no Liverpool, algumas no Barcelona. Em questão de desaparecer, sempre tento fazer meu melhor. Às vezes, as coisas não saem como a gente quer, as pessoas vão comentar, mas tenho que ter na cabeça a ideia de ajudar a equipe da forma que sei jogar, da forma que o professor Tite precisar. Agradeço pelas palavras.

Jogadores já conversaram sobre pontuação?

- Ainda não conversou sobre isso. Claro que depois do jogo conversamos sobre o que podemos melhorar, sobre o que aconteceu no jogo. Sobre essa coisa dos pontos, isso já foi passado. Foi passada toda a história das pontuações de classificação. Mas, como falei, todo jogo é como se fosse uma final, ainda mais em Copa do Mundo. Temos que encarar assim. Responsabilidade a gente sempre vai ter, em todos os jogos. Temos que estar com a cabeça boa para fazer um bom jogo. Jogo importantíssimo, a gente visa os três pontos.

Emoção do hino e na comemoração do gol

- Momento muito emocionante. A gente sempre sonhou estar aqui. Disputar a primeira Copa é um sentimento diferente, toda aquela ansiedade, aquele nervosismo antes do jogo. Tudo acaba ali. Naquele momento, a gente fica pensando no que pode fazer no jogo, a melhor forma de ajudar a equipe, com gol, com jogadas. Sobre o gol, realmente é um momento muito emocionante, ainda mais em estreia de Copa do Mundo. Foi por isso que extravasei bastante. Espero marcar mais gols. As comemorações vamos ver se serão assim ou não.

Mensagem que o empate na estreia deixou

- O que ficou claro é que todos os jogos vão ser bem difíceis, às vezes muita gente acha que por sermos Brasil vamos chegar e ganhar fácil, vamos fazer muitos gols. Essa é a mensagem que ficou. Todos estão se preparando cada vez mais. Numa Copa do Mundo, essa foi a mensagem que ficou. Em vez de 100%, temos que ser 110% para ganhar os jogos.

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