CPI pedirá indiciamento de tio de Lucas Paquetá por suspeita de manipulação

Bruno Tolentino é acusado de envolvimento em apostas combinadas nos jogos de Paquetá e Luiz Henrique

Bruno Tolentino,  ficou em silêncio durante depoimento à CPI no Senado | Marcos Oliveira/Agência Senado Bruno Tolentino, ficou em silêncio durante depoimento à CPI no Senado | Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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O relatório final da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, conduzida no Senado, recomendará o indiciamento de Bruno Tolentino Coelho, tio do meio-campista Lucas Paquetá, atualmente no West Ham.

a acusação

Tolentino foi ouvido pelos parlamentares em outubro de 2024 sobre transferências bancárias para o atacante Luiz Henrique. Ele teria realizado apostas combinadas, prevendo que Luiz Henrique, então no Real Betis, e Lucas Paquetá receberiam cartões amarelos em jogos do Campeonato Espanhol e do Campeonato Inglês.

Segundo informações do portal UOL, Tolentino transferiu R$ 40 mil para Luiz Henrique. Durante a audiência no Senado, permaneceu em silêncio, respondendo apenas a uma pergunta do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) sobre ter dois filhos.

O senador Romário, relator da CPI, argumenta que a conduta de Tolentino se enquadra no artigo 199 da Lei Geral do Esporte, que trata da promessa ou oferta de vantagem para alterar o resultado de uma competição. A pena prevista varia de dois a seis anos de prisão. O pedido de indiciamento será encaminhado ao Ministério Público Federal, que decidirá se acata a recomendação da CPI.

Outros indiciamentos

Além de Tolentino, o relatório final da CPI solicitará o indiciamento de William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andrade. Rogatto, conhecido como "Rei do Rebaixamento", foi preso pela Interpol em Dubai e confessou participação na manipulação de resultados de 42 equipes do futebol brasileiro. Já Thiago Chambó Andrade é investigado pelo Ministério Público de Goiás na Operação Penalidade Máxima, que apura fraudes em partidas de futebol.

Por outro lado, a CPI optou por não recomendar o indiciamento de Bruno Lopez, apontado pelo MP-GO como chefe do esquema investigado, devido a um acordo de não persecução penal assinado por ele.

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas foi instalada no Senado em abril de 2024, após o encerramento de uma comissão similar na Câmara, cujo relatório final não chegou a ser votado. Inicialmente prevista para terminar em outubro, a CPI teve seu prazo prorrogado até 15 de fevereiro. A votação do relatório final ocorrerá no dia 13.

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