Um desabamento na obra da Arena Palestra, na zona Oeste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira, deixou uma pessoa morta e outra ferida, que foi levada para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros, sem maiores detalhes. O acidente ocorreu no setor onde a nova arquibancada seria erguida sobre a estrutura da antiga, na área em frente à Avenida Francisco Matarazzo.
De acordo com Doralice Cardoso, representante do Sindicato da Construção Civil que está no local do acidente, são dois feridos, e não apenas um. Ainda segundo ela, foram seis vigas que caíram da arquibancada sobre os operários.
A WTorre, empresa responsável pela obra, ainda não se pronunciou.
O processo de construção da nova Arena Palestra teve início em outubro de 2010, com a demolição de parte do antigo estádio, fundado em 1902 e que passou a ser do Verdão em 1920, e a construção de dois edifícios. Em um deles funcionará o setor administrativo do clube, a academia e o salão de festas. No outro, ficam as quadras poliesportivas, que substituem o antigo ginásio.
Há exatamente um ano, com o local "limpo", iniciou-se a construção da nova casa alviverde, que terá capacidade para 45 mil torcedores em dias de jogos. Hoje, o local encontra-se com 63% das obras concluídas, restando apenas a colocação das arquibancadas em cima do pedaço mantido do antigo estádio - e foi justamente ali o local do desabamento. A construção por cima do trecho antigo foi uma exigência da Prefeitura de São Paulo, que concedeu alvará apenas de reforma e não de construção de um novo estádio.
A inauguração estava prometida para entre outubro e dezembro deste ano. No entanto, como o processo atual de construção por cima do velho Palestra leva mais tempo do que o esperado, existe a possibilidade de a inauguração ocorrer apenas em 2014, ano do centenário do clube.
Além de sediar os jogos do Verdão, o estádio também funcionará como uma arena multiuso para sediar shows e outros eventos, com capacidade para até 55 mil pessoas. O custo da obra é de R$ 350 milhões. O Palmeiras terá direito a 100% da renda dos jogos e a uma porcentagem de outros espetáculos. Estudos iniciais apontam que o clube, em 30 anos, período do contrato com a WTorre, pode faturar até R$ 2 bilhões com receitas geradas pelo estádio.