Diego Hypólito resolveu tomar frente da grave crise que afeta a ginástica brasileira, e não só a do Flamengo como se pensa. Segundo ele, por falta de apoio, há uma defasagem grande de atletas, principalmente no feminino, para substituir a atual geração.
- Acho que a gente tem de tomar uma posição mais concreta para que as pessoas tenham uma noção mais exata do que está acontecendo com a ginástica e ter uma evolução em nível nacional. Apesar de terem tido a Daiane (dos Santos), minha irmã (Daniele), a Jade (Barbosa), tem eu no masculino e o Mosiah (Rodrigues), que também teve destaque, só que são só esses atletas que eu vejo. É muito ruim você olhar para a próxima geração e ver um buraco muito grande, porque tem muito pouco atleta. Acho que o feminino está com menos que o masculino no Brasil agora.
Diego ainda critica o espírito imediatista no Brasil:
- Tem um trabalho nos atletas que é muito ruim, porque você tem um psicólogo seis meses antes das Olimpíadas, uma alimentação seis meses das Olimpíadas, interesses de patrocínio um ano antes das Olimpíadas. A formação é de anos, não acontece de um estalo e surgem novas estrelas.
O ginasta acrescentou que o patrocínio da Prefeitura de Niterói ainda não é suficiente para uma preparação adequada de um atleta de alto nível:
- Oitenta mil reais é o salário de um jogador de futebol. Este dinheiro tem de ser muito bem administrado porque não é para um atleta, é para manter a equipe de ginástica do Flamengo. Então a gente precisa de uma nova empresa e é uma ajuda para isso se tornar a nossa profissão.