Alexandre Pato rescindiu o contrato com o chinês Tianjin Tianhai e, enfim, está livre no mercado. Mas isso não quer dizer que o São Paulo, um dos interessados na contratação do atacante, seja o favorito na disputa pelo jogador. Pelo contrário.
O clube do Morumbi não deve voltar a fazer grandes investimentos em um único atleta para esta temporada. Para contratar Pato, o Tricolor teria de pagar salários que ultrapassam o teto estipulado pela diretoria, além de luvas para o jogador.
Neste ano, o São Paulo já gastou mais de R$ 43 milhões com reforços e deixará de receber mais de R$ 20 milhões em função da precoce eliminação na Copa Libertadores, verba com a qual o clube contava em seu orçamento.
Além disso, o técnico Cuca tem como prioridade ir ao mercado para reforçar o elenco em vários setores, e não concentrar investimentos em um único jogador. O treinador, que assumirá o time em meados de abril, quer um lateral direito, um volante e um atacante de beirada.
Com a venda de Éder Militão do Porto para o Real Madrid, o São Paulo receberá cerca de R$ 25 milhões, sendo 10% referente à fatia que tinha dos direitos econômicos do defensor, e outros 2,8% por ser o clube formador do atleta.
Parte dessa verba, portanto, ajudará na contratação desses reforços. O que não quer dizer que Pato esteja totalmente descartado pela diretoria, que reconhece sua boa passagem pelo Tricolor entre 2014 e 2015, quando marcou 38 gols em 101 partidas, mas que prioriza outras carências no plantel. Com o São Paulo praticamente fora da disputa por Pato, o Santos tem o caminho aberto no Brasil – o atacante é um desejo do técnico Jorge Sampaoli. De acordo com a imprensa europeia, o jogador de 29 anos também está na mira de clubes italianos.
Enquanto vê a diretoria tentando reforçar o elenco, o São Paulo luta para se classificar às quartas de final do Campeonato Paulista. Com a derrota para o Palmeiras, o Tricolor estacionou no segundo lugar do Grupo D, com 14 pontos, três a menos que o Ituano e dois a mais que o Oeste, que visita o Corinthians neste domingo, em Itaquera. O revés lhe obriga, portanto, a torcer por um resultado positivo do arquirrival contra a equipe do interior.