O vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, não gostou nada da decisão da CBF de unificar os títulos nacionais, igualando a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Campeonato Brasileiro. O dirigente criticou, nesta terça-feira, a entidade pela decisão e colocou em questão sua idoneidade.
"Em primeiro lugar, não interessa ao São Paulo ser o primeiro ou não. Temos noção do que ganhamos. Não ganhamos nada de presente de ninguém. Nossas conquistas são indiscutíveis. Essa manobra mostra a forma precária como é dirigido o futebol brasileiro. Isso tira a credibilidade do futebol e da entidade que o dirige. Cada hora tem uma novidade", disse o dirigente em entrevista à Rádio Globo.
Com a decisão, o São Paulo, dono de seis títulos brasileiros, foi ultrapassado por Santos e Palmeiras, cada um com oito conquistas nacionais. Pelas conquistas (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008), o clube era considerado, ao lado do Flamengo, o maior vencedor da competição - a CBF não reconhece o título de 1987 do Flamengo.
Até por isso, Leco levantou a suspeita de que a decisão tenha sido uma retaliação ao São Paulo, em guerra com a CBF desde a última eleição para a presidência do Clube dos 13. Na ocasião, o presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio, não deu apoio a Kléber Leite, candidato de Ricardo Teixeira, presidente da CBF.
"Claro que não é coincidência. É tudo resultado de manobras, revides, formas de poder. Clubes que ousam contrariar status. Felizmente tem gente que reage, se coloca", afirmou.