Alguns segundos após o apito final do juiz no empate por 0 a 0 entre Argentina e Colômbia, Lionel Messi ouviu, junto com as vaias da torcida, uma veemente cobrança do seu companheiro de equipe Nicolás Burdisso, lateral direito da Roma. "Moleque, tem que correr até a última jogada. Não pode deixar que te antecipem, p... que o pariu."
Logo, um jogador argentino interveio: "pronto, acabou aqui", colocando um ponto final na discussão entre Burdisso e Messi. Horas depois, no almoço de quinta-feira, eles se desculparam e fizeram as pazes. "São discussões de futebol, todos estavam com a cabeça quente, nada de brigas, está tudo bem", disseram, na intimidade da concentração.
O acontecimento, se não expõe um racha no grupo da seleção local, com certeza mostra a crise da equipe e o mal estar geral de um time que não consegue se encontrar em campo e cujo técnico, Sergio Batista, pensa em fazer várias mudanças para a partida decisiva contra a Costa Rica.
A Argentina aparece quase obrigada a vencer o time do técnico Ricardo La Volpe na próxima rodada para passar às quartas de final da Copa América. Um novo empate deixaria a equipe local próxima de um vexame histórico.
No meio dessa situação, Batista pensa em tomar medidas drásticas, mais precisamente, mudar alguns nomes da equipe titular: saem Tevez, Lavezzi e talvez Cambiasso ou Benega; entram Agüero, Higuaín e Di María ou Pastore. Gago e Diego Milito também entram na lista de possíveis candidatos a fazer parte da equipe titular.
Assim, fica claro que o esquema que buscava imitar o Barcelona para aproveitar o melhor de Messi ficará guardado. Tudo para conseguir uma vitória que sepulte a crise que já se instalou.