Dono da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Botafogo, o investidor norte-americano John Textor quer ampliar sua participação de 40% nas ações do clube londrino Crystal Palace, de acordo com uma fonte próxima.
Textor pode adquirir ações de outro co-proprietário do clube, Josh Harris, se o mesmo for bem-sucedido na proposta pela compra do Chelsea, diz a fonte, que pediu para não ser identificada por conta da confidencialidade do assunto.
Uma empresa controlada por Harris e outros empresários, incluindo David Blitzer, um veterano investidor do mercado privado, controla por volta de 40% das ações do Palace, de acordo com documentação obtida no Reino Unido. Com isso, é provável que Harris tenha que abrir mão de parte de suas ações caso compre o Chelsea.
Esse cenário poderia render a Textor, o guru da realidade virtual segundo a revista Forbes, a chance de aumentar sua fatia no Palace em um momento em que tem mergulhado cada vez mais na gestão esportiva.
Textor é o fundador da Eagle Football LLC, empresa que ganhou esse nome em partes por conta dos símbolos do Palace (a águia). Ele comprou ações do clube em 2021. Adepto da prática de rede de clubes, seus outros investimentos incluem o time belga RWD Molenbeek e o Botafogo, no Brasil.
Na Inglaterra, o Palace vem ganhando gradualmente certa reputação pelo futebol vistoso implementado pelo técnico Patrick Vieira, campeão do mundo pela França e trazido para o cargo no último verão.
O clube é 11º na Premier League e bateu o Everton por 4 a 0 no último domingo, chegando à semifinal da prestigiada FA Cup. Outro investidor do clube é o presidente, Steve Parish, que tem cerca de 11% das ações.
Representantes do Crystal Palace e da Eagle Football não quiseram se manifestar e não foi possível localizar um porta-voz de Harris até o momento.
Harris, co-fundador da Apollo Global Management Inc., é um de vários interessados no Chelsea, um dos clubes mais vencedores no mundo do futebol. Seu consórcio inclui Martin Broughton, ex-presidente da British Airways Plc e do Liverpool, além do empresário indiano Vivek Ranadive.
O bilionário russo Roman Abramovich, atual dono do Chelsea, colocou o clube londrino à venda após a invasão russa à Ucrânia, que aplicou sanções sobre ele por conta de suas ligações ao regime do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Com informações IG