O novo técnico da seleção brasileira quer um time que não chore e nem lamente publicamente a ausência de um craque. E não pretende pedir ajuda de um psicólogo para colocar a cabeça dos atletas no lugar.
Em entrevista à edição desta semana da revista Veja, Dunga disse que a imagem deixada pelos jogadores brasileiros por chorarem em campo durante a Copa do Mundo foi negativa e colocou dúvida a eficiência do trabalho de psicólogos no futebol.
Uma cena de choro como a do jogo contra o Chile pega mal no meio do futebol. Nós somos machistas, temos aquela coisa de que homem não chora, disse o treinador.
E, quanto ao Thiago Silva não querer bater pênalti, a situação é braba mesmo. Você pensa: se eu errar, não posso mais pisar no Brasil. Ele pelo menos foi honesto e teve coragem de dizer que não estava pronto
Ao comentar o caso, que poderia produzir o vilão da eliminação da seleção, técnico afirmou que é hipocrisia acreditar que Barbosa, que falhou da derrota na Copa-1950,foi perdoado pelo torcedor.
Não sei se psicólogo resolve. Nada contra, mas somos desconfiados, temos sempre o pé atrás. Dificilmente um jogador vai se abrir em cinco minutos. A primeira coisa que pensa é: "Será que ela vai contar ao treinador o que eu falei?.
Dunga ainda criticou a decisão de alguns jogadores de usarem bonés com a frase Força, Neymar; antes das semifinais contra a Alemanha. O principal jogador da seleção não participou da histórica goleada por 7 a 1 por estar machucado.
Se vamos para a guerra, não podemos ficar chorando perdas. Temos é que dar força ao soldado que entrou no lugar.