“É ridículo”, diz atleta britânico sobre o transporte da Rio-2016

Campeão paralímpico criticou a falta de faixas exclusivas

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O inglês Jonnie Peacock, 23, detonou o trânsito do Rio de Janeiro e a falta de faixas exclusivas para transporte de atletas até os locais de competição. Ele conquistou na sexta-feira, 9, a medalha de ouro nos 100m na classe de atletas amputados dos membros inferiores.

Ao ser perguntado na zona mista de imprensa como foi sua experiência no Rio, Peacock afirmou.

“É obviamente muito diferente, por causa dessas longas viagens. Não usam as faixas olímpicas, o que, na minha opinião, é ridículo. Felizmente não choveu, porque me contaram que quando chove toda a cidade do Rio de Janeiro para. Então eu acho que é o caso de abrir as faixas exclusivas para as pessoas que estão participando dos Jogos Paraolímpicos-2016, porque é ridiculamente injusto com os atletas. Você nunca veria Londres fazendo tal coisa. E isto fala por si só o quanto de respeito há pelos Paraolímpicos”, detonou Peacock.

A Vila dos Atletas fica a quase 30 quilômetros de distância do Estádio Engenhão, onde são realizadas as provas de atletismo. Os competidores são transportados até lá em ônibus de linha cedidos pela prefeitura, que contam com wifi liberado e ar condicionado, para amenizar o longo trajeto.

A organização da Rio-2016 rebateu as críticas do astro paraolímpico inglês. “Acho que o sr. Jonnie Peacock não entende bem o Rio de Janeiro”, começou Mario Andrada, diretor de comunicação da Rio-2016.

“O conhecimento dele sobre o Rio de janeiro é limitado, porque ele não esteve aqui muitas vezes, e acredito que as autoridades de trânsito e o governo municipal entendem muito mais a cidade do que ele. A decisão de não haver faixa exclusiva de trânsito nos Jogos Paraolímpicos tem a ver com o fato de as escolas já terem retomado as aulas, a cidade está em seu ritmo normal, está trabalhando normalmente. A cidade está indo muito bem, o Parque está repleto de crianças, Sr. Jonnie Peacock fez uma bela corrida,  deveria estar feliz e a vida segue, e não há problemas de transporte no Rio”, respondeu Andrada.

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