Edilson está preso desde a noite de quarta-feira, em Salvador, por atraso no pagamento de pensão alimentícia. O UOL Esporte apurou que o Capetinha, como é conhecido, tem seguidas crises de choro dentro da cela da Polinter, dizendo "que o mundo acabou" às pessoas que o visitam. Para Edilson deixar a prisão, a defesa do ex-atacante precisa depositar em juízo uma quantia em torno de R$ 140 mil referente à verba alimentícia. E é neste momento que entra o amigo Vampeta, que participa de uma "vaquinha" (rateio financeiro) com pessoas em comum.
Procurado pela reportagem para comentar o auxílio que está dando ao amigo e ex-companheiro, Vampeta não quis se estender.
"Não quero falar disso não. Eu ajudo ele [Edilson] sim, mas não estou fazendo "corre". Mas ainda nesta sexta ele sai da prisão", avisou.
A expectativa do advogado de Edilson, Thiago Phileto, é que o valor exigido pela Justiça seja alcançado até o final da tarde desta sexta, o que imediatamente liberará o ex-jogador.
A amizade de Vampeta e Edilson continuou intensa mesmo após largarem o futebol. Vampeta e Edilson jogaram juntos no Corinthians. Pelo clube paulista, os dois ganharam o Brasileirão em 1998 e 1999, além do Mundial de Clubes de 2000. Baianos, ambos foram revelados pelo Vitória. Pela seleção, Vampeta e Edilson conquistaram o título da Copa do Mundo de 2002.
"O Vampeta tem nos ajudado bastante. Um super amigo mesmo. Ele tem feito contato com os amigos em São Paulo para tentar levantar uma quantia para que o Edilson seja solto", informou Ana Dantas, amiga de Edilson e que acompanha o caso.
Feijão e açaí
A angústia de Edilson na prisão é minimizada graças à visita de parentes e familiares. A mãe do ex-atacante leva diariamente feijão e açaí, alimentos que Edilson adora.
O ex-atacante da seleção brasileira foi detido em Salvador por determinação judicial. Sua ex-mulher, Ivana Maturino Solon, entrou com ação exigindo pensão alimentícia. Edilson e Ivana tiveram um filho, Matheus, de 16 anos. O valor da ação movida por Ivana é de R$ 7 milhões.
Defesa de Edilson contesta ação de R$ 7 milhões
O advogado de Edilson, Thiago Phileto, informou que o cliente não tem como pagar o valor apresentado na ação (R$ 7 milhões), destacando que Edilson se aposentou do futebol.
"Esse valor é irreal, inalcançável. Jamais o Edilson poderá pagar R$ 7 milhões. Tentamos fazer acordo, mas ela [Ivana] está irredutível", declara o advogado do ex-jogador.