O atacante Edmundo assumiu a meta do Vasco nesta quinta-feira, na derrota por 3 a 1 para o Cruzeiro, em S?o Janu?rio, por causa da expuls?o do goleiro Tiago e das tr?s altera?es j? feitas pelo t?cnico Tita at? aquele momento. Ao deixar o campo, o veterano jogador, 37 anos, ficou bastante emocionado e, chorando, se disse humilhado.
"A gente ? roubado em tudo quanto ? lugar, n?o merecemos isso n?o", disse Edmundo, com a voz embargada e os olhos marejados. "Eu estou feliz, n?o estou chorando de tristeza n?o. A gente tem uma torcida que ama o time, mas n?o temos a ajuda de ningu?m. ? humilhante demais", completou o jogador, ao mesmo tempo em que era ovacionado pelos vasca?nos.
Perguntado se era um jogo que ia entrar para a sua carreira, Edmundo desabafou ainda mais. "Eu n?o preciso disso... O cara fica humilhando ali dentro de campo. ? brincadeira", resumiu o atacante, que fez apenas uma defesa no confronto, aos 45min do segundo tempo, em uma cabe?ada de Guilherme.
Aos 30min da etapa final, logo ap?s a expuls?o de Tiago, os jogadores do Vasco fizeram uma r?pida reuni?o dentro da grande ?rea. Edmundo j? colocava as luvas quando Alan Kardec pegou a camisa n?mero 1. O veterano tirou as luvas, jogou no gramado e parecia ter desistido da id?ia. Mas, pouco depois, camisa e luvas foram entregues a ele.
Na cobran?a do p?nalti, Edmundo viu o atacante Guilherme fazer a paradinha. A bola foi chutada com for?a no canto inferior direito do atacante-goleiro, que apenas deu dois passos para o lado e viu a bola entrar.
Com a bola rolando, Edmundo apareceu pouco apesar da empolga??o da torcida vasca?na, que ignorou o placar adverso e gritou sem parar o nome do jogador. Ao todo, ele cobrou dois tiros de meta, saiu da grande ?rea para cobrar uma falta na intermedi?ria, recebeu um recuo e tocou a bola de lado para o zagueiro, pulou em um chute que a bola parou na rede pelo lado de fora e defendeu uma cabe?ada fraca de Guilherme no ?ltimo lance do confronto.
"Acima de tudo ? um privil?gio de jogar contra o Edmundo. Fazer um p?nalti em cima dele eu n?o poderia imaginar nem nos meus melhores sonhos. ? uma felicidade muito grande", afirmou o atacante Guilherme.
O Cruzeiro, inclusive, pareceu poupar o atacante-goleiro. Nenhum chute foi disparado de fora da ?rea, apesar dos pedidos do t?cnico Adilson Batista. Em dois escanteios, o time mineiro n?o al?ou a bola na ?rea - as cobran?as forma curtas.
"Queria v?-lo fazendo uma defesa de um chute de fora da ?rea. Mas ele s? pegou uma cabe?ada ali no final. Eu acho que ele foi profissional. ? sempre bom v?-lo atuando", disse Ad?lson Batista, t?cnico do Cruzeiro, que j? trabalhou com o atacante no Figueirense.