Para muitos, tinha tudo para dar errado. No fim, deu tudo certo para o Inter. Pressionado devido a atuações ruins nos últimos jogos, Diego Aguirre voltou a usar time reserva, insistir em improvisações e fez até o que poderia ser impensável nesta 12ª rodada do Gauchão: preterir Vitinho em relação a Taiberson. Não é que o garoto menos cotado entrou e, no minuto seguinte, marcou o gol da vitória colorada sobre o Veranópolis? A boa atuação novamente não veio, mas o 1 a 0 sobre o rival serrano, no Antônio David Farina, na tarde deste domingo, dá fôlego ao treinador uruguaio e mantém a equipe vermelha na cola do Grêmio, que defenderá a liderança a partir das 18h30 - se não vencer, o Inter encerra a rodada como líder.
É bom lembrar que o Colorado ainda tem um jogo atrasado a cumprir. O que também está em defasagem no Inter é o bom futebol. A atuação do time ficou aquém, a ponto de a finalização do gol salvador ter sido a primeira em direção à meta do VEC. A equipe de Julinho Camargo, por sua vez, também fez muito pouco para mexer o placar. Ficou com 11 pontos, em 12º lugar, ainda perto da zona de rebaixamento.
O Inter, que não vencia o VEC no David Farina desde 2008, volta a campo na quarta-feira, para receber o Avenida, no Beira-Rio, às 19h30. Às 20h30 do mesmo dia, o Veranópolis faz clássico da serra gaúcha diante do Juventude, novamente no Antônio David Farina.
A escalação de Diego Aguirre soava pouco ortodoxa, com quatro laterais no time - dois deles, claro, improvisados no meio-campo, Cláudio Winck e Alan Ruschel. Além disso, Jorge Henrique começou a partida como segundo volante. Não à toa a atuação ficou bem abaixo. O Inter terminou o primeiro tempo sem finalizações e ainda sofreu perigo. Pouco, é verdade, mas o Veranópolis conseguiu uma finalização defendida por Muriel e um contragolpe que só não se tornou chance clara porque Alan Costa derrubou David Dener e foi amarelado.
O panorama de completa penúria se manteve no segundo tempo. Aos 15 minutos, Aguirre resolveu mexer, sacando exatamente os laterais improvisados, para os ingressos de Martin Luque e Alisson Farias. De bonito mesmo, só o atrevimento de Rafael Mineiro, que, num lance só, chegou a dar duas canetas consecutivas em Rodrigo Dourado e Jorge Henrique.
Isso antes de Taiberson ser chamado por Aguirre. Novamente, o treinador optou pelo menos lógico, pelo mais incomum. Todos esperavam que sua última cartada fosse Vitinho. Que nada. Colocou o garoto de 21 anos aos 28. Um minuto depois, recebeu pelo passe de Rafael Moura para colocar nas redes a primeira finalização colorado em direção à meta rival. Estrela de Taiberson, que já havia anotado após entrar contra o Brasil de Pelotas há uma semana. Também, claro, estrela de Aguirre. Que respira um pouco mais no comando do Inter.