ão é raro a diretoria do Flamengo alegar que o caos financeiro atual é apenas consequência de administrações passadas. Porém, o caso do zagueiro Rodrigo, por exemplo, é emblemático e confronta tal argumentação. O jogador teve uma curta passagem pela Gávea em 2008. Teve uma grave fratura no braço, pouco jogou e optou por transferir-se para São Paulo. A dívida, no entanto, chegou aos R$ 400 mil.
Em um acordo interno, o empresário do jogador, Giuseppe Dioguardi, pagou o dinheiro ao atleta e ?herdou? o crédito com o Rubro-Negro. No total, recebeu 12 cheques para descontar aos poucos.
Somente dois deles foram compensados. Os demais voltaram porque estavam sem fundos. De acordo com os advogados de Giuseppe, o que mais impressiona é que, apesar de seguir passando cheques ?voadores?, o Flamengo não tem a conta encerrada e tampouco é levado ao Serasa.
Sem conseguir o dinheiro, a equipe de Dioguardi entrou com uma ação na 17ª Vara Cível há cerca de uma semana.
- Hoje são R$ 400 mil. Se não pagarem, daqui a dez anos isso se transforma em R$ 5 milhões e aí vão culpar ?administrações passadas? ? disse um dos advogados que cuidam do caso.
Outro jogador que recentemente teve problema com a prática de cheques sem fundos na Gávea foi Marcelinho Paraíba. Cansado de esperar pelo pagamento de luvas, que totalizavam mais de R$ 800 mil, o atleta entrou em acordo e foi para o Coritiba.