Entidade pede expulsão do Irã ao COI após enforcamento de lutador

Navid Afkari, condenado por assassinato, foi executado por enforcamento na prisão Adel Abad, em Shiraz, no sul do Irã

Lutador foi enforcado | EFE
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O movimento internacional de atletas, conhecido como Global Athlete, fez uma postagem no Twitter, na qual pediu ao COI (Comitê Olímpico Internacional) a expulsão do Irã dos esportes após a execução do lutador Navid Afkari. Com informações do R7.

Publicação da entidade foi destinada também à Federação Internacional de Wrestling.

Reprodução/Instagram

"Descanse em paz, Navid Afkari. Pedimos solidariedade aos atletas para exigir que o Comitê Olímpico Internacional e a UWW implementem imediatamente as sanções que expulsem o Irã do esporte mundial por esta execução hedionda", diz a postagem.

Navid Afkari, condenado por assassinato, foi executado por enforcamento no Irã

A Comissão de Atletas do COI também se manifestou nas redes sociais sobre o caso.

"Estamos devastados em saber sobre a execução do nosso colega Navid Afkari. Nos últimos dias o COI trabalhou com nosso total apoio para salvar a vida de Navid. Estamos tristes que nossos esforços e os da comunidade atlética não alcançaram o resultado desejado. Nossos pensamentos e orações estão com a família e os amigos de Navid nesse momento difícil", publicou a entidade.

O caso

Navid Afkari, de 27 anos, foi condenado à morte após protestar contra o governo iraniano em 2018. Ele foi detido junto com seus dois irmãos. A carreira na luta olímpica lhe rendeu títulos no Irã.

Na semana passada, em vídeo exibido pela emissora de televisão pública do Irã, o lutador confessou ter esfaqueado várias vezes Hassan Turkman, um homem que atuava como segurança de uma companhia local de água.

Nos últimos dias, a organização humanitária Human Rights Watch, o próprio Comitê Olímpico Internacional e até a Fifa se manifestaram para defender que o lutador não fosse executado, após denúncias de que ele teria sido torturado e confessado o crime de maneira forçada.

O Irã, que executou pelo menos 259 pessoas em 2019, é, ao lado da China, o país que mais recorre à pena capital, de acordo com a Anistia Internacional.

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